Sexta-feira,
12/8/2005
Comentários
Leitores
Roubada do Nelson
Poxa, e eu que pensei, uns dois anos atrás, em escrever uma história envolvendo um crítico como protagonista! Quanto a dizer o que alguém já disse, o que acontece se voce não sabia que foi dito? Acho que só o que cada um descobre por si tem valor. Talvez não para todos, mas para si mesmo.
[Sobre "Bendito Nelson Rodrigues "]
por
Ram
12/8/2005 às
14h58
|
Vivemos como sonhamos
Olá, amigo Edu,
Sinceramente, eu compartilho do senso comum sobre os GVs da vida – uns chatos! Felizmente, eu omiti informação, pois compartilho em parte. Conheço bem você e também conheço uma Isabel, que aproveita os ensinamentos em economia de mercado etc. pra trabalhar no dia-a-dia com a questão dos índios e crescimento sustentável na Amazônia. Devem, obviamente, existir mais exemplos, mas tendo você achado o seu lugar ou não, nunca é tarde pra relembrar Conrad: "Vivemos como sonhamos – sozinhos."
Abraço,
[Sobre "Minha formatura"]
por
Palhinha
12/8/2005 às
14h52
|
entrei no seu blog
Oi, Andrea, eu sou mãe do Julio. Acompanho seus textos do Digestivo. Ultimamente entrei no seu blog, adorei as cartas do Juca. Lá pratico também o ingles... Você escreve muito bonito. Um abraço, Carmen
[Sobre "Bendito Nelson Rodrigues "]
por
Maria del Carmen
11/8/2005 às
11h47
|
as pessoas como elas são
Processos, projetos, produtos. São vários os nomes que inventamos para nomear o devir. Um devir que, é claro, traduz-se nas atividades sociais. Como nas reuniões de professores, nas faculdades, nos parques. O pensamento estanque é o que esgota e anula essa força no indivíduo. Chamem-no de ideologia, o que for. O seu texto é prazeroso, Ana, porque ele é fluido. Só o pensamento nômade pode ajudar-nos a compreender "as pessoas como elas são" sabendo admirar todos os seus viços e galhinhos podres. Será que há espaço para esse pensamento na universidade privada, ou o saber produzido nessas instituições terá que dobrar os seus joelhos perante ao mercado e saciar sua fome por produtos humanos?
[Sobre "O produto humano"]
por
Maria Florinda Rosa
11/8/2005 às
10h43
|
metamorfose humana
Oi, Ana. Primeiro, resolvi comentar seu texto porque faz tempo que não te encontro. Na verdade, te encontrei, agora, e resolvi conversar sobre seu escrito. Gostei muito e concordo com você. Ainda que o objetivo esteja lá, como comentou acima o Ram, esse produto, peça definida e acabada, jamais existirá. Talvez após a morte (ainda assim os vermes transformarão a matéria!). Falando de professores, estes enfrentam o problema de frente, pois, em sua formação, convivem e discutem uma sala ideal de aula e, quando encaram 30 alunos, descobrem que pouco sabem. O produto, a sala, a escola, os seminários que aconteceriam... afinal, tudo dependerá da vida que pulsa, da respiração, do olhar, da metamorfose humana. Abraço, Josiley.
[Sobre "O produto humano"]
por
Josiley de Souza
11/8/2005 às
10h15
|
Produto e reuniões acadêmicas
Da sua perturbação saiu uma reflexão e um texto, então você e todos aproveitamos. Mas se a perturbação for muita, lembre que a expressão "produto humano" apareceu numa reunião de professores. Nunca vá a uma reunião de departamento universitário. Se for, não ouça. Se ouvir, esqueça. Só sai bobagem. Ainda bem que os futuros alunos não vão. Nem pais, nem o contribuinte dos impostos. Pait
[Sobre "O produto humano"]
por
Felipe Pait
11/8/2005 às
07h36
|
amor mais prende que liberta
Conheci um colega, quando estudávamos lá nas classes iniciais, aos 7, 8 anos de idade, que era filho único. O pai o apoiava, ajudava a fazer as tarefas de casa e incentivava porque queria que o filho fosse "alguém" na vida. Aquela coisa bem original. O garoto era inteligente, mas dava um jeito de matar a aula para se aventurar. Éramos o oposto. O pai conversava com os professores, porque o filho não demonstrava gosto pelas aulas, apesar de, em hora de prova, se dar bem. Jogava futebol muito bem, corria muito. Lia, se dessem um livro. Mas se dessem decoreba, contas de matemática, preferia uma partida de bola de gude (e queria ganhar sempre; ganhava, aliás). A vida deveria ser pouca, porque ele queria mais. Desafiava os mais velhos e, se preciso, partia para a briga. Sempre queria ser o ladrão quando se brincava de polícia e bandido, porque achava fascinante ser ladrão – era mais esperto que o polícia, sempre. Cresceu, começou a fumar, porque queria conhecer. Fumou antes que todos da turma. E tomou um porre federal num campeonato de futebol. Era filho único, ganhava apoio do pai e era inteligente. Experimentou outras drogas, sempre mais pesadas. Não porque alguém ofereceu. Ele descobria e oferecia para os outros. Conquistou meninas das séries anteriores. Nessa época, o pai já não sabia onde tinha falhado. Continuava a conversar com professores e uns lhe diziam: "ele não tem mais jeito". Cresceu mais. Quando viu que trabalhar era uma rotina domesticante, sem grandes aperitivos e sem tempo de sobra para se encontrar com a galera, cometeu os primeiros assaltos. Coisa simples. A polícia pegou, ele riu. Achava graça em ser pego pela polícia. (Eram os bocós na brincadeira de polícia e ladrão). Esse colega morreu, se bem me recordo, num acidente de automóvel, contra um poste, lá pelos 18 anos. Estava embriagado e feliz da vida, dizem, no dia em que aconteceu o acidente... Fomos grandes colegas boa parte da infância, até ele experimentar as drogas, as aventuras e tudo mais e eu continuar na linha reta de sempre (eu era polícia na brincadeira lá, nunca fugia a tempo para ser o bandido e na época tinha inveja de quem tinha gás e coragem pra correr). Nossa moral – sempre tão falha – é limitada demais para compreender a vida. E o tal "amor" mais prende do que liberta, parece...
[Sobre "O produto humano"]
por
Rogério Kreidlow
10/8/2005 às
23h53
|
o Chico escreve muito bem
Olá; Diogo Mainardi é sim uma bomba, mas o Chico escreve muito bem, é um escritor de mão cheia, a meu ver e, com exceção de seu último livro, Budapeste, meio chatinho, os outros são excelentes, principalmente Benjamin. Agora, Diogo Mainardi é de direita e escreve com o fígado, não dá... Pior que ele só o Jô Soares e olha lá! Abraço! Isa Fonseca :.)
[Sobre "Autores novos"]
por
isa fonseca
10/8/2005 às
18h46
|
obrigada pela citação!
Oi, Adriana, obrigada pela simpática citação. Talvez a gente não saiba mais ser mulher como antigamente, mas com certeza temos muito mais teorias sobre o assunto e mais bom-humor do que nossas bisavós. Sei lá se isso adianta alguma coisa, mas pelo menos sabemos rir dos nossos erros. Beijos
[Sobre "É preciso aprender a ser mulher"]
por
lucia carvalho
10/8/2005 às
14h13
|
Produto, processo e filhos
Bom, Ana, acredito que muitas pessoas não estão prontas para seguir o processo que você descreve. O mundo é muito complicado - vc sabe - e é tão mais fácil ser um produto e, dessa forma, tentar uma blindagem contra tudo o que acontece e nos frustra. Por que tentar se aventurar pela vida se posso me encaixar na forma de produto e lá me proteger? Sobre a formação dos alunos, entendo que universidades e professores (nem todos!) pensem em formar produtos. Conheço tantos alunos que não se interessam por nada, que não têm nenhuma condição de enfretarem novas tarefas sozinhos, que não são aptos para o mercado de trabalho (e para o mundo)! Talvez por isso a sociedade precisa fazê-los produtos, pois, de outra forma, não se darão bem por aí. Vamos fazê-los engrenagens então! A maioria é tão estúpida que nem se dá conta disso, infelizmente. Sobre as crianças em especial, as experiêncas que estas necessariamente precisam viver não são absolutamente de responsabilidade dos pais. Muitos casais se culpam por isso, mas, não deve ser assim. Os mecanismos cognitivos não dependem apenas do ambiente, afinal, a tabula não é rasa. Criar um produto pode ser culpa dos pais, da sociedade ou do indivíduo, ou de qualquer combinação destes.
[Sobre "O produto humano"]
por
Marcelo Maroldi
10/8/2005 às
10h39
|
Julio Daio Borges
Editor
|
|