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Quarta-feira, 23/1/2002
Comentários
Leitores

snif
o Fábio toca num problema básico, inerente à cultura brasileira: o imanentismo. somos o povo que vive para o aqui e o agora. isso é, sim, desprezível. é uma discussão interessante, e me lembrou a entrevista que fizeram com o V. S. Naipaul, em que ele diz, sobre Trinidad (local onde nasceu e cresceu): "Trinidad tem uma sociedade colonial filistina. As pessoas vivem basicamente vidas físicas, o que eu acho desprezível. Eu não tenho paciência com gente limitada, que apenas vive a sua vidinha, sem nenhuma curiosidade intelectual, sem cultura." E o entrevistador, claro, chama o Naipaul de "arrogante" e "elitista". Que lástima. Acabo de descobrir que sou arrogante pra chuchu. Snif. Em tempo: The Lord of the Rings (a obra) tem mais profundidade que jogadores de RPG e diretores medianamente competentes nos fazem crer.

[Sobre "ô ô"]

por Juliana O'Flahertie
23/1/2002 às
17h18

The Wonder Years
Magnifico texto. Retrata fielmente o que a série realmente traz. Tenho 112 dos 115 episódios que compõe a série gravados. Os que eu não tenho a NET nunca transmitiu, infelizmente. Todos um dia foram Kevin, Winnie, Paul...

[Sobre "Anos Incríveis"]

por André Luiz
22/1/2002 às
23h46

cada um pensa o que quiser
Caro Helizander. Concordo com você "que cada um pensa o que quiser sobre a morte". E sobre o Brasil, e sobre educação, e sobre deus, etc. Não exijo que ninguém tenha a mesma "visão/opinião" que eu. Nem que tenha "educação à francesa". Simplesmente lamento a falta de respeito que impera em todas as classes sociais em nossos centros urbanos. E se critico o modo como as pessoas gastam seu tempo, não é porque não gosto delas, mas porque acho que a vida não se limita a Casa dos Artistas, trabalho e Harry Potter, e gostaria que pelo menos uma pessoa, ao ler meu texto, resolvesse ampliar seus horizontes estético, intelectual e espiritual. Sabe, estudei numa das escolas mais caras e importantes de São Paulo, convivi com filhos de banqueiros e empreiteiros, a elite brasileira, e todos eles eram bárbaros, sem nenhuma educação, sem nenhuma ambição mais ampla do que a mera satisfação de seus interesses materiais. É bom ter um bom carro, uma bela casa, viajar para o exterior, cheirar lança no carnaval. É bom também espairecer diante da tevê ou dentro do cinema. Mas se fechar nesse mundo tão estreito, ignorar nossa fantástica herança cultural, desprezar o cultivo dos sentimentos elevados, das idéias filosóficas, do conhecimento artístico, me parece um notável erro, um abandono de uma parte fundamental de nossa humanidade, uma irresponsabilidade mesmo. Mas, claro, essa é apenas a minha opinião.

[Sobre "ô ô"]

por Fabio
22/1/2002 às
06h39

Não exija tanto!
Caro Fabio, Gostaria de fazer uma consideração sobre seu texto. Por que vc exige que as pessoas tenham a mesma visão/opinião que vc? Em uma passagem, vc implica com as maneiras dos brasileiros. Certo, falta aos brasileiros, na maioria da vezes, um mínimo de educação. Mas por que encrencar com isso e dizer que seria uma razão para sair do país? Isso é elitismo. Não temos um padrão educional bom, à francesa; por isso, temos que compreender que as pessoas aqui o chamam de "tio" ou "ô", não sabem de Mozart,etc., como vc. A meu ver, vc deveria levar isso como uma vantagem sua, isso de ter boas maneiras. Há pessoas que notam isso em uma pessoa e apreciam a companhia de pessoas educadas. Numa segunda passagem, vc quer que as pessoas tenham sua mesma opinião sobre a morte. Apesar de ninguém ter provado a existência de espíritos, diabo ou deus, por que alertar as pessoas que não tem vida após a morte? As pessoas têm suas fantasias, suas crenças, suas religiões. Acho que essa opinião está ligada ao grau de educação, de pragmatismo e racionalidade das pessoas, então, por que exigir que as pessoas tenham uma visão à Camus sobre a morte e corram como nunca para viver intensamente? Cada um pensa o que quiser sobre a morte.

[Sobre "ô ô"]

por Helizander
21/1/2002 às
19h27

depois de 8 anos
olá para quem estiver lendo esta mensagem agora são 01:12 am segunda 21 de janeiro... pare tudo oq estiver fazendo e concentre se apenas nesta mensagem.. gostaria de falar algo miuto simples embora q vale minha vida isso naum é um desabafo.. é um relato uma vida que mudou apos ligar a tv e ver e ouvir isso ANOS INCRIVEIS eu amo a serie e me emociono ao falar disso pois ela represnta a parte mais pura e inocente da minha infancia naum só minha de meus amigos tbm pois quando falamos de series antigas só se lembra de ANOS INCRIVEIS quando ouço a musica do joe coker( a litle help from my friend) ai eu viro uma mantega... por isso eu imploro por noticias da serie naum deixe de respoder eu sou muito mas muito fã de ANOS INCRIVEIS naum deixe de lado ou ( eu respondo depois) porque minha infancia é como meu pai e minha mae nada nem ninguem poderá ser melhor do que eles... ate a resposta q vc q teve infacia e sabe o q é isso q eu sei q vc curtiu muito a sua... kevin arnold, weine arnorl, wini cooer, paul,

[Sobre "Anos Incríveis"]

por kevin arnold
21/1/2002 à
00h58

Eu desisto.
Não dá para acompanhar seu papo não, Fabio. Você fala umas coisas muito difíceis. Muito complicadas.

[Sobre "Lanternas de papel"]

por Rafael Lima
18/1/2002 às
17h21

nomadismo chinês
Não é justo culpar apenas os Pé-Grandes pelo nomadismo chinês, embora certamente eles sejam os únicos responsáveis pela proliferação de taxidermistas caolhos no Turcomenistão. A verdade é que os Pi-Grandes, os terríveis homens-número que são uma constante em nossas cidades, ao repudiarem o uso de calculadoras da Casio, contribuíram mais do que os Pé-Grandes para a falência financeira e o consequente vôo do povo chinês. Mais difícil de explicar seriam as causas do normandismo chinês e sua influência no dia D. Deixo pra depois.

[Sobre "Lanternas de papel"]

por Fabio
18/1/2002 às
11h39

Não é para qualquer um
Alexandre, você é engraçado!! Ah! Ah!. O problema da economia definitivamente não é o da variação dos preços e sim explicar como e porque o cara que pega seu filho de manhã, às 7:00 horas, faz isso regularmente, dia após dia. E em que situações ele deixa de fazê-lo e por que. Economia é o estudo de um sistema complexo em que motivações individuais e pressões coletivas se combinam. Ninguém decide ser economista quando criança. Aliás, a maioria das pessoas faz economia mas não vira economista. Um abraço.

[Sobre "Economistas"]

por Jose Maria Silveira
18/1/2002 às
11h06

Nobel não é parâmetro
Caro Amarildo, vou me intrometer para responder sua pergunta: o Saramago escreve bem, sabe contar histórias., coisa e tal. Você tem direito de amá-lo ou de odiá-lo. Só não pode, acho, é ter o Nobel como parâmetro de qualidade literária. Lembre-se sempre que o Nobel é, em essência, um prêmio de cunho político, que prioriza autores de tendência à esquerda. Como o Saramago. Há, aliás, na literatura portuguesa, uma briga muito grande entre os críticos, porque muitos acham que quem merecia a laureação era Antônio Lobo Antunes (particularmente, eu concordo com isso). Mas o mais importante, repito, é não levar o Nobel como um parâmetro, assim como o Oscar, você deve saber, não é parâmetro para se qualificar filmes. Abraço.

[Sobre "Economistas"]

por Paulo
18/1/2002 às
10h07

Defesa de tese
Como você teve a gentileza de me explicar a diferença étnica entre coreanos, japoneses e chineses, eu retribuo aqui com o elo perdido do raciocínio: assustados com os maus tratos impostos pelos músicos de mambo, os Pé-Grandes se disseminaram por lugares tão estranhos como Butantã e Santa Teresa. Por serem criaturas pouco afeitas à prática diária do banho e peludas, não compravam aquelas tesourinhas dobráveis - principal fonte de renda dos chineses (junto das canetinhas laser), o que quase os levou à ruína. Para escapar da falência econômica, os chineses se tornaram, então, nômades mascates, procurando atingir um público consumidor maior. Ou seja, os hábitos anti-sociais dos Abomináveis foram, em última análise, os causadores do nomadismo chinês. Q.E.D.

[Sobre "Lanternas de papel"]

por Rafael Lima
18/1/2002 às
09h12

Julio Daio Borges
Editor

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