Quinta-feira,
8/9/2005
Comentários
Leitores
2 Filhos de Francisco
Sem dúvida, Eduardo Carvalho tem toda razão: o que existe de sambinha e roquinho péssimos sendo saudados como música de qualidade apenas por serem samba e rock não está escrito. Zezé di Camargo é um grande compositor popular, um grande talento musical bruto que lapidou a si mesmo, como Luiz Gonzaga e Roberto Carlos são e, mesmo assim, enfrentaram enorme preconceito até serem aceitos pela elite intelectual. Os bossa-novistas tinham horror ao baião de Gonzaga. Até o dia em que os tropicalistas e um Quinteto Violado redescobriram o Velho Lua e contribuíram para levar sua música simples, mas muitas vezes sublime, para as melhores salas de concerto, inclusive as de música erudita. Certa vez, num concerto em Goiânia, com a Orquestra Sinfônica local, regida pelo maestro Joaquim Jayme, o grande Sivuca contou ter executado "Asa Branca", numa versão sua para concerto e sanfona, com uma orquestra de câmara da Suécia e, durante a execução, a spalla da orquestra chorava, emocionada. Vejam que cena: uma violinista sueca chorando ao executar a música de um sanfoneiro pé-serra, quase analfabeto, do sertão do Brasil. No filme se pode perceber que algumas músicas de Zezé di Camargo têm essa mesma força de "Asa Branca", com a diferença de que "Asa Branca" traduz a emoção coletiva de um povo, enquanto "É o Amor", por exemplo, expressa autenticamente sentimentos individuais, mão menos legítimos do que os coletivos. Por outro lado, ao contrário do que acredita a grande maioria dos intelectuais contemporâneos, a beleza não é inimiga das lágrimas, pelo contrário - freqüentemente são irmãs siamesas. Eu me emocionei com "2 Filhos de Francisco". Ele dignifica o Brasil profundo dos Sertões de Rosa, que vai do norte do Paraná até Goiás e tem seu cerne no interior de São Paulo. E, além do mérito do diretor, há também muito mérito na decisão de Zezé di Camargo de convidar Caetano Veloso para fazer a trilha sonora do filme. Caetano, como sempre, demonstrou que é mesmo um mestre e soube dialogar com a cultura do interior do Brasil. (José Maria e Silva, Goiânia, Goiás, Brasil)
[Sobre "Um rancho e um violão"]
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José Maria e Silva
8/9/2005 às
04h49
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parabens
eu achei esse texto muito bom
[Sobre "Italo Calvino: descobridor do fantástico no real"]
por
giovanna bossolani
7/9/2005 às
22h41
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Acorda, Brasil!
Que alívio ler textos como este. Quem sabe, agora, a imprensa fazendo a sua parte, esclarecendo, opinando com bom senso e coerência, a população não desperte... É isso que mais quero: acorda, Brasil, deixa de acreditar em profetas e premeie a inteligência, a competência, a responsabilidade!
[Sobre "Sobre as ilusões perdidas"]
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Mirtes Oliveira
7/9/2005 às
12h07
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Comentando comentários
Roberto Guerra: eu afirmo no artigo que sou tucana desde os 18 anos. E, sim, tenho uma imagem positiva do PSDB. A pergunta que deixo é: não posso ter uma imagem positiva do PSDB? Sou obrigada a acompanhar a moda de falar mal do PSDB? Posso ter uma opinião diferente dessa moda?
Alceu: defina neoliberalismo, por favor, e depois explique se ser "neoliberalista" é bom ou ruim na sua opinião.
José: Obrigada pelo comentário. Acredite, foi com muita preocupação e apreensão que eu escrevi esse artigo. Obrigada pelo feedback.
Senhores, a idéia do artigo é expor pensamentos e fazer as pessoas questionarem e pensarem. Como eu disse, não sou maniqueísta. E não sendo, não pretendo também ser proprietária de nenhuma verdade absoluta.
[Sobre "Têm sido tempos difíceis..."]
por
Daniela Castilho
7/9/2005 às
11h33
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lavou minha alma
O texto de Daiela Castilho lavou minha alma porque tem sido difícil para mim vivenciar a ilusão dos 53 milhões de brasileiros que elegeram o vendedor de ilusões. A ironia é que o que está sustentando o (des)governo petista é exatamente a política econômica do FHC, tão combatida pelo PT antes de chegar ao governo. Engraçado é que tudo o que era errado e nocivo para a nação quando estavam na oposição, agora no governo é corretíssimo. Quanta falácia, hipocrisia e irresponsabilidade.
Obrigada, Daniela Castilho, você é consciente!
[Sobre "Têm sido tempos difíceis..."]
por
Mirtes Oliveira
7/9/2005 às
11h31
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Você fala de cátedra!
Você merece inteiro respeito. É filha de comunista, neta de anarquista e convive (ou melhor, coexiste) com petistas. Isso tudo é o melhor laboratório. Fala, portanto, de cátedra, sobre tão delicado assunto. Sua forma equilibrada de abordagem revela bem sua grande segurança a cada detalhe. E fala, muito acertadamente, dos males que causa à sociedade, o maniqueismo. Parabéns. E, muito obrigado pela oportunidade da leitura. Abraços.
[Sobre "Têm sido tempos difíceis..."]
por
José Pereira
7/9/2005 às
09h51
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petista e tucano
Qual é a doferença entre petista e tucano? Amancebaram-se no neoliberalismo.
[Sobre "Têm sido tempos difíceis..."]
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Alceu Aristides Sper
6/9/2005 às
17h54
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PT versus PSDB
A matéria demonstra um fundo de verdade ao tratar dos erros do PT. Mas passa uma imagem muito possitiva do PSDB...
[Sobre "Têm sido tempos difíceis..."]
por
Roberto Guerra
6/9/2005 às
09h36
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Parabéns pela obra!
Adorei o texto. É sem dúvida um relato interessante, principalmente pra mim que procurava saber mais sobre como os alunos aprendem...
[Sobre "Para gostar de ler?"]
por
Vil
5/9/2005 às
22h20
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texto apetitoso
O tipo do texto apetitoso, a começar do título... Sua idéia da literatura como aquela que nos causa mal (impacto) já fôra defendida por Kafka; eu diria que esse é um critério, mas não o único. Como aliás você mesmo admite.
[Sobre "Dos livros que li"]
por
Claire
5/9/2005 às
19h50
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Julio Daio Borges
Editor
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