Quinta-feira,
6/10/2005
Comentários
Leitores
Beethoven e a miséria humana
Caro Julio, Beethoven dizia: "aquele que compreender a minha música estará livre das misérias humans". Muito bom seu artigo. Foi um prazer lê-lo comentando o livro e a obra de Beethoven com tanta clareza. Agora é correr para os CDs e (re)ouvir nosso gênio para que "toda a miséria humana se disperse". Abraço, Jardel
[Sobre "Beethoven"]
por
jardel
6/10/2005 às
08h53
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Você está de parabens!
Estamos super orgulhosos de vc! muitos beijos...
[Sobre "Primavera dos Livros do Rio 2005"]
por
Ludmilla Viana
5/10/2005 às
22h38
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que atire a primeira pedra...
Não é por nada não, mas a idéia de seu texto lembra muito o Morre Lentamente, de Martha Medeiros, que circulou pela net atribuído a Gabriel Garcia Marquez.
[Sobre "O amor e o amor plagiado"]
por
Roberta
5/10/2005 às
14h55
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Adorei o texto:envio a meu pai
Adorei o texto. Até enviei para meu pai, que é professor universitário, e suou a camisa por mais de trinta anos, trabalhando fim de semana inclusive, para outro dia ser tachado de "funcionário público". Mas porque o brasileiro não dá bola para professor? Em primeiro lugar, na sociedade brasileira não podemos debater idéias, debatemos personalidades. Veja só se você acha que alguém teve uma idéia ruim no projeto em que trabalha, nunca pode dizer isso diretamente. O cara fica "ofendido", e você é "arrogante". Boas idéias são aquelas que justamente se sustentam após constantes contestações... Então na sociedade do tapinha nas costas, e do cochicho depois ("pô, realmente é uma bosta aquela idéia"), fica difícil estabelecer uma meritocracia, que acho que é um dos pontos do seu artigo. Em segundo lugar, existe muito professor desonesto no Brasil, que valoriza a si próprio em detrimento do debate de idéias do qual deveria fazer parte, e ao menos momentaneamente valorizar mais que seu ego. Pior: professores que não se furtam em fazer o que é melhor para si, em detrimento do que é melhor para um orientado seu, que deveria ser como um filho. Os tipos de coisas que já vi no Brasil no mundo acadêmico, raramente vejo por aqui... Eu ao menos nunca me preocupo com a opinião do executivo do banco... Pense sempre que você faz o que te deixa feliz, e pronto. A liberdade de não ter que ser rebanho de ninguém compensa mais do que vários zeros a mais no contra-cheque. Experiência própria... Quanto ao Brasil, as coisas estão sempre mudando. Muitos amigos, conhecidos e desconhecidos reconhecem o valor do professor, o valor das idéias, e lutam do seu jeito para que o nosso país tome um rumo... Mas nunca vou estranhar que os meios de massa reflitam o status-quo. Um dia ele muda, e quem sabe, junto com a notícia da nova Spice Girl brasileira, apareça uma pequena entrevista com uma professora de literatura!
[Sobre "O país dos imbecis"]
por
Ram
5/10/2005 às
13h26
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Novela América:o fim da picada
América é o fim da picada porque jogaram fora tudo que podia ser animador em uma novela, e montaram um monte de refrões e clichês – que, por via das dúvidas, não é como é a Vida Dos Brasileiros nos EUA... Bom, mas brasileiro aprende por novela, do mesmo jeito que intelectual do nosso país pensa por osmose...
Quanto à Oprah, foi o maior escândalo o tal programa de Nova Orleans, porque ela "armou" cenas lacrimosas durante o desastre. Ela e o Geraldo, by the way. O que me espanta é que as pessoas precisam desse tipo de coisa para derramar lágrimas... Será que é tão difícil derramar lágrimas por "O Idiota", de Dostoievski, ou por uma lua bonita, ou por se despedir de um amigo que vai morar longe, ou por ver os filhos crescerem, ou porque a namorada conquistou alguma coisa, ou porque o padeiro está sofrendo com a doença do pai, ou porque o vizinho se sente só, ou porque se tem saudade do mar? Os seres humanos modernos se empatizam com a televisão, mas transformam a vida real numa plastificação surreal... Choram pela Oprah de Nova Orleans, mas quando caminham na rua do seu bairro, não sentem a menor vontade de perguntar à aquela garota do ônibus porque ela chora e simpatizar com ela... Homo Insanus.
[Sobre "A novela América e o sensacionalismo de Oprah"]
por
Ram
5/10/2005 às
13h08
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Qual o mérito desta idéia?
Contestação sem fundamento pode até ser rebelião, mas não necessariamente resulta em arte. Quando aceitamos que mijo é arte pela primeira vez, cometemos a insanidade que permitiu os donos do mundinho da arte determinar "quem é quem" à revelia do talento. Acho que a máxima "90% suor, 10% talento" vale para o caso. Pois se não houve nem 1% de suor, qual o mérito desta idéia? Chocar não é simplesmente propor algo grotesco. Para ver mijo não vou a uma galeria. Vou à rua ver cachorro, ou vou ao jogo do Flamengo... Ou ao banheiro. Bom, acho que há uma deificação também destes "performáticos". No Brasil, vários deles são citados com alarde em jornais e revistas, por suas performances "geniais", por serem "revolucionários". De qualquer forma, este pos-pos-pos-modernismo de fim de século é também resultado da mentalidade que "todo ser humano deve ser igual". Tudo que um faz o outro deve ser capaz de fazer. Já ouvi isso de um colega apreciador de mijo: "ele faz o que eu queria e posso fazer, mas não tenho a 'cara-de-pau'". Quando aceitarmos que talento é talento, e acomplishment não vem meramente de talento, mas sim de esmero, ai' quem sabe se abram os tais novos caminhos.
[Sobre "Isso é arte?"]
por
Ram
5/10/2005 às
12h49
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a mão na boca e o grito
Sou fã da música de Michael Jackson. Cresci ouvindo ele, assim como meu pai cresceu ouvindo Nat King Cole. Ele é um dos maiores gênios do pop, e suas músicas são incríveis. Já as acusações de pedofilia e tudo mais, será que me importam? Não. Porque se fosse me preocupar com a personalidade dos meus heróis intelectuais e de entrentimento, não poderia jamais gostar de idéias de Gauss, dos livros de Greene e Hemingway, dos poemas do Pessoa, da estatística de Tukey e Shannon, da teoria de controle, e tantas outras idéias feitas por bebâdos, suicidas, prostituídos, arrogantes e toda outra sorte de sujeirada social ... Eu acho que se o cara foi pedófilo, cadeia nele. Mas é genial! E vocês acham que os clipes da MTV seriam o que são, não fossem as videografias de Michael Jackson? Nossa sociedade é muito hipócrita... Vende um mundo dos vencedores, onde vale vencer a qualquer custo, e vencer significa entre outras coisas, expor abertamente suas preferências e aberrações sexuais. Quando isso acontece, todo mundo põe a mão na boca, e grita... Se esquecendo que o cara não venceu concurso de ética, foi sim uma mente criativa brilhante!
[Sobre "O enigma de Michael Jackson"]
por
Ram
5/10/2005 à
00h34
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Não seria o caso de processar?
Neste caso, não existe possibilidade de processo? O que fazer para proteger seu nome? Acho que a resposta para estas perguntas interessa a muitos profissionais autônomos, para quem o nome é muito importante, mas os meios de defesa limitados quando comparados ao de uma grande instituição... Falando nisso, o nosso jornalismo já anda vergonhoso há um tempo... As reportagens investigativas parecem ter sido feitas no Google, e são mais peças políticas de opinião, do que qualquer forma de descoberta. Fora o comprometimento de certos jornais com certos produtos e correntes políticas, que chega a contaminar a linguagem e a pauta da redação. Basta abrir um certo jornal carioca na última semana, que já dá para saber quem anda recebendo jabá...
[Sobre "Não fui ouvido por Veja"]
por
Ram
5/10/2005 à
00h29
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conspirações em tudo
Fico pensando se essa onda de escândalos não esconde algo pior. Acho que já estou vendo conspirações em tudo.
[Sobre "A vida, os escândalos e a vida sem escândalos"]
por
Carla
4/10/2005 às
19h59
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São, São Paulo, meu amor
Salve Eduardo!!! Quanto tempo! Eu tive o prazer de ver Major Bárbara e realmente é fantástico. Se você quiser conhecer uma São Paulo diferente do circuito pseudo-cultural de Patricinhas e Mauricinhos, é só ler os livros do João Antonio e anotar os endereços... Um abraço, Aguinaldo.
[Sobre "Outro mundo"]
por
Aguinaldo
3/10/2005 às
19h31
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Julio Daio Borges
Editor
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