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Segunda-feira, 7/8/2006
Comentários
Leitores

Marília Gabriela e Macbeth
Segundo Harold Bloom, Shakespeare criou personagens tão nítidos que escaparam do seu universo original, onde foram gerados e saltaram, com a facilidade das criaturas vivas, para a dimensão humana. Ou seja, você lembra de Hamlet, por exemplo, como lembra de alguém que você conhece. Bloom afirma que Hamlet é um ser mais real que muita gente de carne e osso. Também afirma que o gênio de Shakespeare, nesse aspecto, não se limita apenas aos personagens principais. Nesse caso Lady Macbeth pode muito bem ter pressionado a autora, Griselda Gambaro, para uma nova aparição. O texto de Taís Laporta nos informa claramente várias coisas interessantes e, entre elas, que Marília Gabriela pode ser mesmo uma boa atriz. Isso é uma boa notícia. Boas peças, boas atrizes, bons autores nunca são demais. Resta saber o que Shakespeare diria disso tudo. Acho que não diria nada, mas escreveria outra peça a respeito.

[Sobre "Ninguém segura Lady Macbeth"]

por Guga Schultze
7/8/2006 às
02h32

Gênios e necessidades humanas
Tocante este email, simplesmente esquecemos, por vezes, que somos, todos, seres humanos... e que temos necessidades tipicamente humanas.

[Sobre "Gênios da vida real"]

por camilla
6/8/2006 às
23h42

irmão de Suzane não é inocente
Muitos podem discordar de mim. Mas acho que o irmão dela não é inocente. Talvez não tenha agido diretamente no crime, mas para ele está tudo muito bom. Brigas por herança não mostram desinteresse por dinheiro. Não acham? Nesse mundo capitalista, ninguém escapa. Esse negócio de caso de amor de Daniel e Suzane é tudo mentira. O que daria mais ibope: crime premeditado por casal ou crime premeditado por um casal apaixonado?

[Sobre "Caso Richthofen: uma história de amor"]

por Marina de Amorim
6/8/2006 às
16h14

89 FM chutou o balde
Há muito tempo a 89 ja não era a mesma rádio Rock, agora chutou o balde... ADEUS!!! Já tirei da programação do meu som do carro!

[Sobre "89 FM, o fim da rádio rock"]

por Renata
6/8/2006 às
14h38

Tive que mudar até o e-mail
É... tive que mudar até meu e-mail! Era abc89fm@... Adeus, rádio rock!!!

[Sobre "89 FM, o fim da rádio rock"]

por Silvio gois
6/8/2006 às
12h23

JDB e o papel do resenhista
É precisamente esse o papel do resenhista literário. Podemos criar amor ou ódio por ele, logo de cara. Podemos não concordar uma vírgula com o que diz sobre um algum artista e/ou obra: Como pode ele dizer uma asneira dessas sobre fulano? Ou: Quem esse pensa que é pra falar isso de uma obra que nunca ouvi falar. Etc etc... No mínimo, deixa-nos curiosos para desvendar o porquê de seu texto. Gould, a quem planejo ouvir desde tempos imemoriais, parece-me mais próximo depois de teu texto, JDB. E tenho que fazê-lo rapidamente ou... E se ao ouvi-lo o que será de mim com meus alfarrábios delirantes. Terão alguma serventia? Sua técnica (ou sei lá o quê) ao piano dizimará minhas possíveis aspirações literárias? Serei mais um náufrago a balançar-me em frente à alguma editora que nunca, em verdade, esteve lá? Serei mais um Wertheimer ou tenderei a ser um milésimo de um quinto de Bernhard? De todas as dúvidas ponderáveis só não me assalta uma: tenho a urgência em ouvir Gould. Não dá para adiar mais.

[Sobre "O náufrago, de Thomas Bernhard"]

por Pepê Mattos
6/8/2006 às
11h25

quem tem cultura é mala
as pessoas tendem a achar que quem tem cultura não é mala. ledo engano. o jô é um exemplo típico: maletão, o cara tem cultura! mas colocar esse cara como escritor, músico, artista plástico, etc.? o maluco quer ser tudo mas não é nada. o dinho dos mamonas deu cada resposta às suas brilhantes perguntas...! jô, vc é comédia no mau sentido.

[Sobre "Anti-Jô Soares"]

por joão camping
6/8/2006 às
11h24

A sensação de ser um E.T.
Fantástico o poder das palavras. E não apenas quando estão direcionadas. O efeito que elas causam prolonga-se em uma variedade infinita de pessoas, com um toque profundo em diversas "gavetas" da nossa alma. Muito mais do que gênios, pessoas naturalmente diferentes, que se recusam a adaptar seus princípios e ideais acabam por se sentirem solitárias, emocionalmente vulneráveis e cada vez mais próximas de um fim precoce. A sensação "ET", posso garantir, é mais comum do que todos nós imaginamos. Descanalizar habilidades pessoais em benefício social talvez seja a fórmula mágica para a realização como ser humano e para o males da Terra. Parabéns, Julio. Parabéns, anônima.

[Sobre "Gênios da vida real"]

por Andrea Leal
6/8/2006 às
10h54

Não pare, Marcelo!
Mais um ótimo texto desse ótimo escritor. Não pare, Marcelo!

[Sobre "Receita para se esquecer um grande amor"]

por Leandra Porto
6/8/2006 às
10h53

o gênio e os outros mortais
Concordo com tudo o que diz a Leitora. No entanto, os conselhos dados talvez não tenham muito sentido... pois esse tipo de pessoa (super-dotada) é muito curiosa, afirmativa, costuma apaixonar-se pelos temas que são de seu interesse (inúmeros) e vive um mundo completamente seu, como quase a ignorar a "realidade externa". Sabe que é diferente e sente-se "melhor"... daí os arroubos de arrogância e egocentrismo que são características deste tipo de personalidade (tipo Glenn Gould). Então, fica difícil o convívio com os outros mortais, não é? Parabéns. Eve

[Sobre "Gênios da vida real"]

por eveline
6/8/2006 às
09h49

Julio Daio Borges
Editor

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