Terça-feira,
19/2/2002
Comentários
Leitores
comunistas de botequim
Juliano, infelizmente o mal não é apenas do público da MTV; diria que quase 90% da juventude brasileira atual, completamente boçal e analfabeta, tem esses cacoetes esquerdistas repulsivamente burros, de achar que os EUA são o "Satã" do mundo, e que Colin Powell quer conquistar o mundo (o engraçado é que são totalmente colonizados, culturalmente... veja o visual do "rapper"...). E o pior é que não são só os jovens que pensam assim, aqui no Bananão... vide aquele jornalistinha loser da Caros Amigos (o nosso Pravda) e aquele "analista político" que desfilaram suas burrices no programa. O general Powell é uma pessoa muito sensata, como quem viu o programa pode perceber; mas não tem o carisma necessário para conquistar a atenção desta escumalha e convencê-los do que está dizendo. É só ver o caso daquela menina aidética, que ficou ouvindo com carinha de atenta tudo o que o Colin dizia, apenas para, ao fim do programa, demonstrar que não tinha entendido absolutamente nada do que fora dito.
[Sobre "Os Vingadores versus... Collin Powell"]
por
Rafael Azevedo
19/2/2002 às
08h03
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E, daí?
Juliano,
Obrigado pelo comentário a cerca do meu texto, mas sinceramente não me interesso muito pelo público da MTV, se são ignorantes ou não, quais são seus hábitos sexuais e suas convicções políticas. Além disso, se os jovens do mundo, ao contrário dos brasileiros, apresentavam respeito pelo general Collin Powell é, simplesmente, por estarem na linha de tiro, o que para nós não é tão claro.
Ah, quanto às suas críticas ao pessoal que trabalha na MTV, durante muito tempo eu concordei com você, mas depois descobri que não passava de recalque por eles terem um emprego muito melhor que o meu!
Abraços.
[Sobre "Os Vingadores versus... Collin Powell"]
por
Lisandro
19/2/2002 às
06h50
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MTV e Powell
Lisandro, bela coluna. Eu ia escrever sobre o memso assunto, mas mudei de idéia e preferi retratar outros fenômenos da TV nessa semana. Sorte minha, pois ia me fazer passar por plagiador.... e olha que só vi sua coluna depois de ter publicado a minha... caso ficasse com o mesmo assunto, teria sido horrível, assim como senhoras que se deparam num casamento com o mesmo vestido.
Bom, sem enrolar, eis o que EU ia dizer sobre Powell e a MTV: Achei uma ótima iniciativa. Mas o que mais me marcou em todo o programa (como você, não vi o programa inteiro, mas parece que a MTV vai reprisá-lo ad infinitum...) foi a diferença entre os brasileiros e os outros cidadãos... Os outros, em sua maioria, faziam perguntas e assistiam à resposta com interesse e respeito. Nossos jovens, ao inverso, faziam perguntas com desdém e assistiam às respostas com cara de ironia e com total falta de respeito. Se você não vê nisso um problema, eu vejo: nosso povo é ignorante, desrespeitoso e metido a ser comunista de meia-tigela. Faça-me o favor... os comentários pós-programa foram RIDÍCULOS ! Um bando de comunistas frustrados metendo o pau na América? Hahaha.. um professor que deve andar de sandália de couro num Fusca, um rapper ignorante e meia dúzia de babacas... a MTV brasileira tem esse problema, por ser totalmente dominada por mulheres lésbicas e comunistas, e passa essa imagem como se fosse todo o povo brasileiro no estúdio, e não uma meia dúzia de amiguinhos babacas...
As pessoas não cansam de falar que os EUA se intrometem em tudo que é lugar, mas todos são os primeiros a ir pedir ajuda nos problemas.... como aquela indiana idiota e muitos outros babacas por aí. Picham os EUA e na hora de pedir reforço ou ajuda financeira eles vão reclamar pra quem? Pra Namíbia é que não pedem, não é?
Abraços, belo texto...
[Sobre "Os Vingadores versus... Collin Powell"]
por
Juliano Maesano
19/2/2002 à
01h11
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Volte sempre
Pedro, como você está se defendendo sozinho, não quero te atacar em bando. Não considere isto, portanto, um ataque. Mas há alguns pontos:
1)Qual a diferença entre "cale a boca" e "pare de dizer isso que você está dizendo"? Repare que eu não peço que você pare de dizer o que está dizendo- desde que com calma. Não, acho ótimo que você se sente e diga o que quiser- desde que não seja para que eu pare de dizer o que estou dizendo.
2)Você diz que eu não posso chamar uma variante de bonita ou feia, porque isso depende de gosto pessoal. Mas então quando é que eu posso chamar algo de bonito ou feio? Quando for muito científico?
3)Quanto aos meus Lusíadas. Achei engraçado. Foi mais uma reductio ad absurdum do seu argumento de que a língua se aprefeiçoa (o que eu também achei engraçado...) do que propriamente uma zombaria à sua pessoa, ao seu nariz, ou qualquer coisa assim. Nem hesitaria em fazer isso na sua frente, sem achar que estivesse sendo especialmente rude. Talvez eu seja suspeito, sendo o autor da própria piada, mas achei engraçado. Como diz Homer Simpson (lá vou eu baixando o nível): "É engraçado porque não é comigo...".
3)Está bem, se eu disser "pagarei" e a outra pessoa não entender, reagirei bravamente. Pode deixar.
4)Vamos esquecer os emails que você mandou diretamente para pessoas que comentaram o meu texto. Não me envolvi nisso, mas vi que palavras foram usadas- "burro", "estúpido"- que não deviam ter sido ditas. Estamos mais calmos agora. Pronto, pronto. Passou. Cortesia é uma boa coisa. Torna o leite mais doce, o céu mais azul. Antes de você sair, brindemos juntos à cortesia e ao futuro simples. Longa vida a ambos. Não se esqueça de pegar o pacotinho que eu fiz com os seus pontos de exclamação, está ali perto da porta: (!!!!!!!) Volte sempre.
[Sobre "Pelo Fim da Palavra VIP"]
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Alexandre Soares
18/2/2002 às
18h58
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As malditas regrinhas ainda
Pedro, a gramática é sim o que eu falei. Os gramáticos não retiram as regras da cartola, mas dos fatos da língua. A escolha dos registros desses fatos não é arbitrária, como você afirmou; é elitista: escolhem estudar os fatos como aparecem não no falar de qualquer um, mas no de Camões, Herculano, Garrett etc. Não fazem um plebiscito da língua, seguem uma elite. Elegem essa elite por critérios como a harmonia, a clareza e a beleza, que, embora subjetivos, são aceitos de modo geral: quem lê os clássicos percebe que é bom escrever daquele jeito. Você está corretíssimo em dizer que "falar bem não é usar construções arcaicas, é saber organizar seu pensamento de modo a ser perfeitamente entendido pelo interlocutor". Justamente pensam nisso os bons gramáticos ao escolher seus clássicos. A menos que você entenda que o povo se expressa mais claramente que os clássicos, não vejo por que condenar essa preferência ou o esforço de tornar em regra aquele modo de falar e escrever. Eu disse mesmo por E-mail que a essência da língua é a mesma de Camões até hoje, e credito esse pequeno milagre aos que respeitaram a escrita daqueles autores, em vez de ceder aos inventos lingüísticos do povo. Por outro lado, quando afirmo que a mudança os afastará de nós amanhã, uso uma hipérbole, mas porque acho que hoje as condições são mesmo propícias à derrocada futura dessa unidade, o que eu não quero. Por isso é que me desagrada a consagração desnecessária de novidades e a morte do que já foi consagrado. Você talvez me considere alarmista, mas isso é outro problema.
[Sobre "Pelo Fim da Palavra VIP"]
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Guilherme
18/2/2002 às
11h52
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Tentando...
Érico, sinto desapontá-lo, mas sinceramente não lembro o que havia na caixa. Ele devolve a caixa para a dona, e o filme sugere que eles começam um relacionamento. Se não me engano, ela era uma espécie de artista plástica, ou algo assim. Acho que ela estava enviando uma encomenda para alguém. Sugiro que você pegue o filme em vídeo, já deve estar disponível.
[Sobre "Náufrago: nem tanto ao mar, nem tanto à terra"]
por
Adriana
18/2/2002 às
10h14
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Tá bom
Caro Alexandre,
Respondendo ao seu comentário, estava me referindo a vários comentários (não só ao seu), mas
usei o seu como exemplo de "choradeira". No seu caso, queira me desculpar, realmente não foi
uma choradeira, mas, sim, um comentário metido a engraçadinho, mas sem nenhuma graça (o d'Os
Lusíadas). Se bem que, no fundo, ele soa como choradeira, porque, afinal, quem não argumenta
costuma partir para o deboche. É uma estratégia antiga, e muito usada por quem não quer
discutir (ou não tem como). Nunca mandei ninguém calar a boca, só disse para pararem com
esse discurso inquisicionista. Não há problemas em vc gostar ou não de alguma variante, e
eu disse isso por diversas vezes. Não há problemas, tb, em vc querer lutar por uma ou
outra. Ótimo, vá lá. O problema é q os fins não justificam os meios, e escrever barbaridades,
inverdades e agressões, como plenamente aconteceu aqui, não leva a lugar nenhum. Durante
essas discussões, houve xingamentos a lingüistas (chamados, inclusive de burros), falou-se
que o povo é inculto (como se o povo da época de Camões fosse um primor de cultura, mas
vá lá), espalharam-se barbaridades (como dizer q Camões, Vieira e Machado mantinham o
mesmo português e que se entenderiam perfeitamente) entre outras. Sinto que não vale
a pena continuar nessa discussão, porque parece q tem muita gente mais preocupada em
tumultuar do q falar algo que acrescente alguma coisa. Peço apenas que deixem de ser
precipitados em julgar qualquer variante "bonita" ou "feia", lembrem-se de q isso depende
única e exclusivamente do gosto pessoal. Muitas das regras gramaticais que temos hoje em
dia foram fruto do uso de pessoas "incultas" (expressão de q não gosto, mas vcs parecem
gostar) q acabaram se consagrando. Vocês já se perguntaram por que o plural das palavras
terminadas em "ão" são diferentes? Por exemplo: "pão" e "pães", "irmão" e "irmãos",
"campeão" e "campeões". Vou dar apenas uma dica: vejam como se escrevem essas palavras
em outras línguas latinas (quando houver) ou no próprio Latim. Uma outra dica, só pra
completar: como as pessoas "incultas" pronunciam a palavra "bom"? Pois é... "pão" era
pra ser "pãe" (vem de "pane", o n intervocálico sumiu com o tempo). E assim, analogamente,
para as outras palabvras. Mas, por algum motivo, o português tem (ou pelo menos tinha)
tendência à nasalização pelo "ão", e todas essas palavras, fracas na pronúncia no
singular, acabaram terminando em "ão". Podemos verificar isso na pronúncia dos "incultos"
de bom ("bão"). Se vcs acham horroroso falar "bão", talvez prefiram falar "pãe", ou talvez
até "pane", quem sabe? Tudo o q eu quero dizer é q vcs parem com esses preconceitos bobos
e infantis. E se vc pensa q eu achei vc autoritário... não nem um pouco! Uma pessoa não
pode ir contra a multidão se for o caso. Vc pode (e deve) lutar como e quanto quiser por
aquilo em q acredita, vá em frente. Mas se algum dia vc disse "falarei" e ninguém entender,
lamento, vc não terá saídas. É assim que as coisas são, querendo a gente ou não, como eu
já disse aqui um milhão de vezes, mas as pessoas, muitas vezes, só escutam (ou, neste caso,
lêem) aquilo que desejam. Não vou mais escrever aqui, não se preocupem, podem se considerar
livres de mim e voltem seu Bâtard-Montrachet sossegados.
[Sobre "Pelo Fim da Palavra VIP"]
por
Pedro
18/2/2002 às
05h30
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Duas coisas
Pedro, duas coisas:
1) Onde foi que você viu um tom chorão, choroso, choramingas no meu texto? A julgar pela quantidade de "Façam-me o favor!", "Pelo amor de Deus!", e pontos de exclamação em geral, é mais fácil achar que, sem que você perceba, o som de choro que você ouve está escapando da sua própria e cerrada mandíbula. Estávamos todos rindo aqui, juro, e tomando Bâtard-Montrachet ainda por cima, antes que você chegasse gritando "Façam-me o favor!!!"- com três pontos de exclamação e tudo. Senta, respira fundo. Estamos tentando manter um tom civilizado aqui. Além disso, o espaço é muito pequeno entre estas duas barras vermelhas para o manuseio seguro de pontos de exclamação. Deixe todos esses !!!! perto da porta, ali junto dos guarda-chuvas. Na saída você pega com o mordomo.
2) Você sem dúvida acha que eu sou muito autoritário, querendo oprimir cento e poucos milhões de pessoas, etc. Mas de onde eu estou o autoritário parece ser você. Veja: escrevi um texto dizendo que há algo na língua que eu não gosto, e que há algo que eu gosto. Dei alguns motivos e pedi que se usasse mais aquilo que eu gosto, e menos aquilo que eu não gosto. Seria mesmo estranho se fosse o contrário. Mas você acha isso demais, e me grita para calar a boca. Seu argumento é que se o povo decidiu pela morte do futuro simples, quem sou eu para pedir que salvem o bichinho? Mas, Pedro, como você mesmo disse num dos seus charmosos e equilibrados emails, se o povo "consagra", às vezes também "desconsagra". Por quê, portanto, não posso eu tentar influenciá-lo um pouquinho- só um pouquinho- para "consagrar" de novo o futuro simples, e "desconsagrar" o composto? Acho um tanto opressiva essa visão da língua em que só multidões, e nenhum indivíduo, podem contribuir para o que quer que seja. A língua é mais dinâmica do que isso: aceita até mesmo que eu tente influenciá-la um pouquinho.
[Sobre "Pelo Fim da Palavra VIP"]
por
Alexandre Soares
18/2/2002 à
01h46
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curiosidade
Eu gostaria de saber o que tinha na caixa conservada.
[Sobre "Náufrago: nem tanto ao mar, nem tanto à terra"]
por
Érico R. de Castro
18/2/2002 à
01h58
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Nossos cockneys
Toni: você tem razão, são duas línguas convivendo no mesmo espaço, e se misturando (e depois dizem que isso só existe em Londres). Há aspectos bons nisso, suponho, mas às vezes dói no ouvido. Um abraço.
[Sobre "Pelo Fim da Palavra VIP"]
por
Alexandre Soares
18/2/2002 à
01h36
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Julio Daio Borges
Editor
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