Quarta-feira,
15/9/2010
Comentários
Leitores
Livro não enche barriga...
O livro é um produto barato para a economias de uns. Mas pra uma miséria que é o salário que recebemos no Brasil, 4 livros que eu compro na livraria já o ordenado do professor. Daí pra frente ele enche a barriga de informação, fica mais culto e morre de inanição.
[Sobre "As minas de ouro (ou Os sebos)"]
por
Manoel Messias Perei
15/9/2010 às
16h42
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Sofro do problema inverso
Eu estranhamente sofro do problema inverso. Não faço anotações nos livros. Em verdade, leio quase sem deixar vestígios de manipulação. Já comprei um livro duas vezes, uma para ler e, logo após o fim da leitura que deixou fortes vestígios, outra edição, para conservar. Terminei por presentear alguém com o livro usado. Já não me servia mais. Provavelmente é patológico. Também não gosto de ler um livro "comentado" por mais alguém. Um intruso na minha percepção. Detesto grifos, anotações, comentários, traduções. O livro, como objeto, é um caminho que devo trilhar sozinho com o autor (sim, há uma contradição nisso). Estranhamente, a leitura em e-books me libertou dessa patologia. Agora leio e faço anotações eletrônicas. Se quiser, posso retirar tudo e ler o texto como se fosse a vez.
[Sobre "As minas de ouro (ou Os sebos)"]
por
Carlos Goettenauer
14/9/2010 às
17h33
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Capitalismo selvagem
A causa não é a universalização da TV, mas a falta de universalização da Cultura e da Educação! O culpado de tudo isso é outro, o Capitalismo Selvagem, que mira a programação para o que gera mais lucro, e privatiza a educação para empresas que treinam alunos para passar em provas.
[Sobre "A droga da felicidade"]
por
Levy SantAnna
14/9/2010 às
13h56
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Persistência na literatura
Parabéns pelo artigo, uma abodagem louvável referente ao crescimento da escrita. É mais uma prova de que a persistência supera obstáculos.
[Sobre "Como escrever bem — parte 1"]
por
Danyllo
14/9/2010 às
12h27
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Os leitores mudaram
O "fabricante-autor-escritor" de conteúdos escreve o que o mercado quer ler. Manuais de mea culpa ou autoajuda, receitas para o sucesso, pornografia travestida de erotismo - que não encalha nunca - têm engordado muitas contas de "escritores" magos, conferencistas e até "celebridades". Falar de mazelas sociais saiu de moda? A ficção não está correspondendo? Bem, os contos de fadas tomaram novo formato. "Coração de Tinta", "Harry Potter" etc. vendem feito água. Sempre haverá um chinelo velho para um pé cansado. Os leitores mudaram, têm outro perfil. Descubra e escreva o querem ler. Pode ser que não exijam tanta qualidade ou seriedade, tal como você sempre fez. É um sinal dos tempos. E o livro eletrônico está aí, paga direitos e já tem leitores precisando de bons autores para os seus Kindles, iPads, e similares.
[Sobre "Confissões de um escritor"]
por
Raul Almeida
14/9/2010 às
12h13
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O menor trabalho é escrever
Concordo com os dois. Como autora independente, coloco meus livros em livrarias, mas escolhidas a dedo. Fujo das livrarias de "xópin" que como "chupins", sugam meus ganhos em 50%. Meu último livro, "A Bahia de Outrora", um livro memorialista, portanto, de pouca visibilidade, vendeu 300 exemplares em um mês. Mas eu vou semanalmente às livrarias, faço palestras, visito escolas e não perco festas literárias. Como sou três vezes acadêmica, faço tardes de autógrafos nas Academias às quais pertenço. Amigos, o menor trabalho do escritor é escrever seu livro. Em tempo: quero passar para o livro digital. Logo! O e-book que lancei em 2009 na Bienal de Salvador já vendeu 1000 cópias. Eliana, a ideia da editora própria é excelente. Ou então aluga-se uma, como faço. Ela é gráfica e editora, trabalha muito bem, pago após negociar preço e vendo meu livro onde, como e quanto quero.
[Sobre "Confissões de um escritor"]
por
Miriam de Sales Oliv
14/9/2010 às
11h35
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Livros com personalidade
Ivan, que texto delicioso! Descreves com precisão as meta-leituras que também faço ao saborear livros comprados em sebos. São livros com personalidade, com mais de uma história para contar. Adorei!
[Sobre "As minas de ouro (ou Os sebos)"]
por
jandira feijó
14/9/2010 às
09h33
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Sim, temos muito mais escri...
Sim, temos muito mais escritores no mercado, mas continuamos a ter consumo. Não se vende milhões de exemplares dos estrangeiros, se não tiver alguém querendo comprar. O que falta é o povo conhecer seus próprios escritores.
A mídia precisa abrir mais espaço.
Um sonho em três partes: (1) imagine, nos principais cadernos, uma seção aos sábados e domingos, com matérias somente de escritores brasileiros. Falando da sua carreira, das suas obras, dos últimos lançamentos. Falando dos antigos e novos escritores, espaço para todos.
(2) imagine as livrarias reservando uma bancada em destaque somente para lançamentos de autores nacionais.
(3) imagine que os nossos escritores valorizem seus pares. Que eles separem 1/3 de suas compras para autores contemporâneos.
Quando um livro cai no gosto do leitor comum, ele mesmo faz o boca-a-boca.
Se esse sonho fosse realidade, duvido que só vendesse 1 exemplar por mês.
[Sobre "Confissões de um escritor"]
por
Ana Cristina Melo
14/9/2010 às
05h44
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Seria fabuloso o Vandré voltar
Seria fabuloso se ele voltasse, abrisse o peito, contasse sua jornada a nós, aos jovens, mas isto é uma fantasia. Algúem que há muito aprendeu a dizer não e ver a morte sem chorar, já era forte o bastante para, quando decepcionado com esta terra, construir a muralha que o separaria do escombro brasileiro pós-ditadura.
[Sobre "Geraldo Vandré, 70 anos"]
por
Eliana de Freitas
13/9/2010 às
13h40
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Preferi montar a minha editora
Discordo de você, em certas partes. Temas como sem-terras e trabalhadores do campo são interessantes, e acredito que, se o grande público conhecesse a sua narrativa, iria comprar e recomendar. No entanto, o que dita a regra de consumo é a grande mídia, então, se não virou minissérie, nem filme, e o autor não é celebridade ou esteve envolvido em nenhum escândalo, fica difícil o livro ganhar espaço de divulgação, não ganha nem vitrine na livraria que pegou o exemplar consignado. Outra forma de vender é se o mercado educativo adotar, porém, temos a barreira do catedrático se dispor em conhecer autores e obras novas, eles quase não têm tempo ou interesse, é mais fácil ater-se aos cânones. Eu preferi montar a minha editora, não sei como será ter que dividir a atenção entre escrever, produzir, vender e lançar, o tempo dirá!
[Sobre "Confissões de um escritor"]
por
Eliana de Freitas
13/9/2010 às
13h20
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Julio Daio Borges
Editor
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