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Sexta-feira, 17/9/2010
Comentários
Leitores

Papéis perdidos em livros
Curto muito os sebos de BH, pelas razões que descreve no texto: a possibilidade de conhecer gente que aprecia livros, e não apenas vendedores. Mas tem outra coisa incrível nos sebos: os livros ali trazem a possibilidade de te fazer viver a história, e não apenas lê-la. Explico: uma vez achei um cartão de Natal assinado em 1954 em um volume que comprei!!! Não fosse minha preguiça, teria sido algo como "O fabuloso destino de Amelie Poulain"!!! Quem nunca achou papéis ou pétalas em livros?

[Sobre "As minas de ouro (ou Os sebos)"]

por Gerson C.
17/9/2010 à
00h21

Eleitores palhaços
O artista Tiririca e a campanha-galhofa "Vote em Tiririca: pior do que tá, não fica", expõe a visão e conceito que seu partido, tal como outros, tem dos eleitores. Nós, enquanto "colégio eleitoral", não passamos de um aglomerado ciclópico, infantil, ingênuo, irresponsável, ignorante e tolo. O palhaço-candidato faz graça para o eleitorado palhaço... Uma falta de respeito? Um achincalhe. Palhaços, lutadores de boxe, cantores de cabaret, morubixabas etc., são cidadãos e, como tal, podem representar outros cidadãos. Basta que tenham seriedade, responsabilidade, respeito e comprometimento. O Tiririca é, apenas, o cume do monturo de candidatos "alegóricos", que estão sendo apresentados por quase todos os "partidos". O registro de candidaturas deveria considerar eliminatórias, a insanidade e/ou infantilidade, além do ficha-limpa. Quem imagina o eleitorado como um bando de idiotas, não pode fazer lei, ser deputado.

[Sobre "Palhaços e candidatos"]

por Raul Almeida
16/9/2010 às
09h59

Livro não enche barriga...
O livro é um produto barato para a economias de uns. Mas pra uma miséria que é o salário que recebemos no Brasil, 4 livros que eu compro na livraria já o ordenado do professor. Daí pra frente ele enche a barriga de informação, fica mais culto e morre de inanição.

[Sobre "As minas de ouro (ou Os sebos)"]

por Manoel Messias Perei
15/9/2010 às
16h42

Sofro do problema inverso
Eu estranhamente sofro do problema inverso. Não faço anotações nos livros. Em verdade, leio quase sem deixar vestígios de manipulação. Já comprei um livro duas vezes, uma para ler e, logo após o fim da leitura que deixou fortes vestígios, outra edição, para conservar. Terminei por presentear alguém com o livro usado. Já não me servia mais. Provavelmente é patológico. Também não gosto de ler um livro "comentado" por mais alguém. Um intruso na minha percepção. Detesto grifos, anotações, comentários, traduções. O livro, como objeto, é um caminho que devo trilhar sozinho com o autor (sim, há uma contradição nisso). Estranhamente, a leitura em e-books me libertou dessa patologia. Agora leio e faço anotações eletrônicas. Se quiser, posso retirar tudo e ler o texto como se fosse a vez.

[Sobre "As minas de ouro (ou Os sebos)"]

por Carlos Goettenauer
14/9/2010 às
17h33

Capitalismo selvagem
A causa não é a universalização da TV, mas a falta de universalização da Cultura e da Educação! O culpado de tudo isso é outro, o Capitalismo Selvagem, que mira a programação para o que gera mais lucro, e privatiza a educação para empresas que treinam alunos para passar em provas.

[Sobre "A droga da felicidade"]

por Levy SantAnna
14/9/2010 às
13h56

Persistência na literatura
Parabéns pelo artigo, uma abodagem louvável referente ao crescimento da escrita. É mais uma prova de que a persistência supera obstáculos.

[Sobre "Como escrever bem — parte 1"]

por Danyllo
14/9/2010 às
12h27

Os leitores mudaram
O "fabricante-autor-escritor" de conteúdos escreve o que o mercado quer ler. Manuais de mea culpa ou autoajuda, receitas para o sucesso, pornografia travestida de erotismo - que não encalha nunca - têm engordado muitas contas de "escritores" magos, conferencistas e até "celebridades". Falar de mazelas sociais saiu de moda? A ficção não está correspondendo? Bem, os contos de fadas tomaram novo formato. "Coração de Tinta", "Harry Potter" etc. vendem feito água. Sempre haverá um chinelo velho para um pé cansado. Os leitores mudaram, têm outro perfil. Descubra e escreva o querem ler. Pode ser que não exijam tanta qualidade ou seriedade, tal como você sempre fez. É um sinal dos tempos. E o livro eletrônico está aí, paga direitos e já tem leitores precisando de bons autores para os seus Kindles, iPads, e similares.

[Sobre "Confissões de um escritor"]

por Raul Almeida
14/9/2010 às
12h13

O menor trabalho é escrever
Concordo com os dois. Como autora independente, coloco meus livros em livrarias, mas escolhidas a dedo. Fujo das livrarias de "xópin" que como "chupins", sugam meus ganhos em 50%. Meu último livro, "A Bahia de Outrora", um livro memorialista, portanto, de pouca visibilidade, vendeu 300 exemplares em um mês. Mas eu vou semanalmente às livrarias, faço palestras, visito escolas e não perco festas literárias. Como sou três vezes acadêmica, faço tardes de autógrafos nas Academias às quais pertenço. Amigos, o menor trabalho do escritor é escrever seu livro. Em tempo: quero passar para o livro digital. Logo! O e-book que lancei em 2009 na Bienal de Salvador já vendeu 1000 cópias. Eliana, a ideia da editora própria é excelente. Ou então aluga-se uma, como faço. Ela é gráfica e editora, trabalha muito bem, pago após negociar preço e vendo meu livro onde, como e quanto quero.

[Sobre "Confissões de um escritor"]

por Miriam de Sales Oliv
14/9/2010 às
11h35

Livros com personalidade
Ivan, que texto delicioso! Descreves com precisão as meta-leituras que também faço ao saborear livros comprados em sebos. São livros com personalidade, com mais de uma história para contar. Adorei!

[Sobre "As minas de ouro (ou Os sebos)"]

por jandira feijó
14/9/2010 às
09h33

Sim, temos muito mais escri...
Sim, temos muito mais escritores no mercado, mas continuamos a ter consumo. Não se vende milhões de exemplares dos estrangeiros, se não tiver alguém querendo comprar. O que falta é o povo conhecer seus próprios escritores. A mídia precisa abrir mais espaço. Um sonho em três partes: (1) imagine, nos principais cadernos, uma seção aos sábados e domingos, com matérias somente de escritores brasileiros. Falando da sua carreira, das suas obras, dos últimos lançamentos. Falando dos antigos e novos escritores, espaço para todos. (2) imagine as livrarias reservando uma bancada em destaque somente para lançamentos de autores nacionais. (3) imagine que os nossos escritores valorizem seus pares. Que eles separem 1/3 de suas compras para autores contemporâneos. Quando um livro cai no gosto do leitor comum, ele mesmo faz o boca-a-boca. Se esse sonho fosse realidade, duvido que só vendesse 1 exemplar por mês.

[Sobre "Confissões de um escritor"]

por Ana Cristina Melo
14/9/2010 às
05h44

Julio Daio Borges
Editor

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