Domingo,
29/10/2006
Comentários
Leitores
Voto deve ser não-obrigatório
Não posso de forma alguma concordar com as opiniões expostas nesse artigo. Primeiro, é a transformação do direito num dever, algo anti-democrático. Segundo pela própria argumentação presente no artigo. O caráter de obrigatoriedade do voto é herança do período não democrático. Não é uma conquista da luta democrática, mas um entulho da ditadura. A argumentação de que ainda existe o voto de cabresto no Brasil, devido a falta de capacidade de parte da população, é algo que precisa ser desmentido, não passa de crendice. Do mesmo tipo usado para impedir o voto dos analfabetos, para defender o dirigismo da cultura, com caráter doutrinador, e o “nivelamento por baixo” presente em nossa sociedade. Existe uma subestimação da capacidade de nosso povo, que se revela como um preconceito. Contudo, a realidade mostra que é a nossa classe média que mostra falta de esclarecimento, dando sustentação ao golpe de 64 e, agora, votando em corruptos. Precisamos superar essas velhas crendices e evoluir.
[Sobre "A favor do voto obrigatório"]
por
Paulo Sergio Vieira
29/10/2006 às
17h59
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A eleição é dissimulada
Eu sou totalmente contra. A eleição em si é dissimulada. "Seja cidadão: vote." Realmente ridículo. O direito em si não deveria ser dever. Somos livres para escolher. Devemos ter direito de não querer ter alguns "direitos".
[Sobre "A favor do voto obrigatório"]
por
Marina Amorim
29/10/2006 às
14h31
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me emocionei
Já faz mais de 1 ano que o texto foi publicado e somente hoje, em busca pela internet, tomei conhecimento dele. Iniciei na pintura aos 16 anos. Hoje com 61, tenho orgulho de nunca ter tido outra atividade profissional a não ser a pintura e a escultura. O que me deixa perplexo, é o fato de conhecidos marchands afirmarem que a pintura, em si, tendo como suporte a tela, já não mais existe. O que fazer com os pintores que passaram anos e anos desenvolvendo técnicas e temáticas? Meus trabalhos apesar de terem uma conotação figurativa, têm como único objetivo fazer com que o espectador relembre momentos! A maior parte das cenas parece real, mas são quase todas criadas no imaginario. Fiquei emocionado com o texto, por ter lido exatamente num momento de crise artistica, provocado pela anti-arte imposta hoje. Desejo que nos próximos, seja tão feliz quanto neste! Fernando Leitão
[Sobre "Saudades da pintura"]
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Fernando Leitão
27/10/2006 às
18h52
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Loucura não há, mas...
Concordo plenamente com o Ronaldo. Loucura não há. Quer dizer, há, em alguns casos. Não na maioria. Mas existe algo que se confunde com a loucura, isso não podemos negar. A tão falada introspecção do artista, sua solidão - caindo naquele clichê de "mesmo quando em uma multidão" -, entre outras coisas. Me peguei várias vezes pensando no seguinte: pode um escritor ser feliz e escrever? É que a maioria das biografias de autores tem sempre alguma coisa do tipo: alcoolismo, homossexualismo, falta de dinheiro, doenças, enfim, a maioria dos grandes escritores sofreram muito. E alguns terminaram como loucos, por causa dos sofrimentos em vida. Mas aí a loucura veio depois da arte. E eu perdi o fio da meada do comentário... Mas, enfim, artistas não são pirados. A não ser no sentido de que eles são doidinhos de pedra, por acharem que vão conseguir viver de arte. Ao menos aqui, no Brasil, isso é loucura. Infelizmente.
[Sobre "Artistas não são pirados"]
por
Rafael Rodrigues
27/10/2006 às
17h07
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Assassinos da arte?
Quando se aplica à literatura um tratamento igual a uma receita culinária - "Como Fazer Isso Assim e Assado"; "Como Escrever Um Romance, Um Conto, Um Ensaio"; "Dez Passos (ou menos) Para se Tornar um Escritor Profissional" - a coisa vai mal. Esses seminários todos, esses eventos, essas oficinas, são todos assassinos da literatura, obedecendo ao fenômeno estranho e paradoxal que se observa em diversas áreas artísticas: os próprios envolvidos tramam, meio inconscientes, o extermínio da arte que abraçam. Assim é que uma miríade de "artistas plásticos", surgida do nada, praticamente matou a pintura. Idem com a música. Não se trata apenas da generalização da mediocridade, antes fosse só isso. É um movimento que pretende dissecar, "desconstruir", analisar (sempre superficialmente) o que pode ser identificado como fundamento de cada arte, produzindo fórmulas pré-moldadas e de efeito duvidoso para imediata execução. Esses livros produzidos em "oficinas" são todos iguais. Como seus autores.
[Sobre "Circuito Editorial Literário"]
por
Guga Schultze
27/10/2006 às
16h52
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A favor do voto facultativo
Você acha realmente que se o voto não fosse obrigatório o Clodovil e o Enéas teriam sido eleitos? É para acabar com esse tipo de distorções que serve o voto facultativo. Seu argumento de que a classe média "engajada" deixaria de votar beira o absurdo, já que os currais eleitorais deixariam de decidir eleições pois agora o "coronel" não tem mais pretexto para levar a peãozada pra votar. O número de votos "conscientes" seria infinitamente maior e só assim veríamos que tipo de governante o povo brasileiro realmente merece. Simples assim.
[Sobre "A favor do voto obrigatório"]
por
David Donato
27/10/2006 às
11h10
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o que vai achar do 2º turno?
Daniel, adorei o texto. Estou aguardando outro sobre o que vc achou do 2º turno e do resultado final.
[Sobre "Nebulosidade"]
por
Monica R. Z. F Lima
27/10/2006 às
09h15
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Consultoria empresarial
Luís, você é genial, ou seja, o melhor lugar para abrir uma livraria Cultura é ao lado da sua casa, hahaha...
[Sobre "A favor do voto obrigatório"]
por
Rafael Lima
27/10/2006 à
00h11
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internet: onde tudo é rápido
Em relação aos textos na internet, penso como o autor. Desde quando se criaram os blogs, eu sempre escrevi textos curtos, sem prolongar demasiadamente, pois, além de ser fastidioso, poucas pessoas lêem. Acho que bons textos são apreciados em sua simplicidade - pelo menos na internet -, onde tudo é muito rápido...
[Sobre "Como escrever bem — parte 2"]
por
Marcos
26/10/2006 às
17h27
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Ecce homo...
Recomendo vivamente a leitura de "Meu Nome É Vermelho", esplêndido retrato da sociedade turca no século XVI, à época à sombra do império turco-otomano, e dos círculos artísticos de então, combinando múltiplos narradores (entre os quais, um cachorro e uma árvore rabiscada num papel) e discutindo a disjuntiva (se é que a há) Oriente x Ocidente, com tintas de romance policial e de especulação filosófica. Como diria Paulo Francis, não é para todo mundo, para o azar de todo mundo. Quanto a Pahmuk, já o conhecia desde o ano passado, quando a escolha para o Nobel de Literatura, comentava-se à boca pequena, teria praticamente rachado o júri entre ele e Harold Pinter, o laureado; em fins de 2005, além disso, Salman Rushdie assinou um artigo no britânico The Times contra as arbitrariedades cometidas pela Justiça turca contra Pamuk, o que lhe (ao Nobel) garantiu maior celebridade na Europa. Torçamos para que, um dia, ao som das fanfarras, o prêmio seja concedido a Philip Roth.
[Sobre "Nobel de Literatura: vencedor"]
por
Felipe Z. Pelussi
26/10/2006 às
12h26
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Julio Daio Borges
Editor
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