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Sexta-feira, 10/11/2006
Comentários
Leitores

Cage não é apenas barulho
talvez John Cage tenha cometigo alguns excessos, mas de modo nenhum ele era caótico apenas. pode ser que buscasse uma outra lógica, um outro modo de construir (mesmo que tivesse que ser a partir de pedaços resultantes de uma destruição), mas sinto (eu ouvi) a música que ele fez e não é apenas barulho... certa vez, vi um curta sobre o Glenn Gould em que o personagem estava sentado numa lanchonete barulhenta com a intenção de "reger" aquela cacofonia. digo, ele selecionava, no meio da multidão, aquilo que queria ouvir, e combinava a bagunça com uma certa atenção sua, direcionada. enfim, penso que a idéia desses desorganizados não é a destruição.

[Sobre "Sobre John Cage"]

por eduardo martins
10/11/2006 às
14h03

ri bastante do texto
coitado do baltazar! vc nunca pensou que pode ter matado alguém de solidão, (ou por outro lado, já pensou que pode ter favorecido certo controle de natalidade ou evitado a propagação de chatos... digo, das doenças venéreas)? ri bastante do texto.

[Sobre "As ligações perigosas"]

por eduardo martins
10/11/2006 às
11h25

Uma beleza!
Uma vez uma li uma reportagem sobre a flauta mágica de Mozart, onde o autor, embevecido com a beleza da música, atestava o seu puder curativo contra a depressão. Esse ensaio, Marcelo, também é curativo pela leveza da vida que você transmite com as palavras. Tenho que agradecer-lhe e felicitá-lo. Uma beleza!

[Sobre "Uma nota sobre a leveza do ser"]

por cissa lafayette
9/11/2006 às
23h00

Nau sem rumo
Bom que concordamos quanto ao voto facultativo. Já é alguma coisa. O resto são picuinhas. Bloom, tô mais cansado dessa conversa do que você disse que estava. Vitor, tô mais cansado do que o Bloom disse que estava. Abandono o barco, a nau me parece sem rumo. Citações! Acho legal finalizar com uma bela citação. Do Millôr: "Todos os homens são iguais. Mas alguns são mais iguais que outros." Isso é só pra rir um pouco. Sou daquele tipo de cara que paga um boi pra não entrar numa briga mas, uma vez nela, paga uma boiada pra sair. Bloom, Vitor, nos leremos mutuamente em próximas ocasiões, espero. Vão em frente. Abraços.

[Sobre "Por que votei nulo"]

por Guga Schultze
9/11/2006 às
21h46

queria tê-lo conhecido também
Adorei tanto o texto quanto os comentários, principalmente o que está acima deste meu... Genet é fantástico, queria o ter conhecido também... "Conheci-o" através de um documentário que se passara em algum canal de TV a cabo, e fiquei fascinada por aquele gênio rebelde COM CAUSA. Completamente fascinada. Genet é TUDO.

[Sobre "Jean Genet no Brasil"]

por Denise
8/11/2006 às
23h05

Só as mães sabem como é...
Ana, só quem é mãe sabe como é... cuidar de todos, pensar primeiro neles e depois em nós... e, lá no fundinho, esperar não a retribuição, mas, pelo menos, o reconhecimento do carinho e dos cuidados prestados. Geralmente não vêm nenhum deles. Mas um dia, sem esperar, descobrimos que eles reparam, sim, que cuidamos deles. Mas mãe não precisa que digam isso... elas sabem. (Mas isso não impede que gostemos de um cuidado de vez em quando...) Adorei o texto (como geralmente adoro todos os seus textos, continue escrevendo!) Um abraço.

[Sobre "Cuidar, cogitar, tratar, amar"]

por Cristine
8/11/2006 às
20h45

A incompetência é global
Impressionante é verificar como esta incompetência é global. No Brasil, onde a produção artística destacada pelo jornalismo cultural e pelas próprias instituições que promovem estes eventos se resume à cultura de rua e ações que são mais voltadas ao assistencialismo social, onde o presidente condecora os Racionais MCs como "cavaleiros da cultura", era de se esperar que tais fenômenos fossem motivo de atenção. Mas verificar que esta inversão de padrão cultural se promove na Europa é triste. Necessário seria investigar quais meios financiam essas manifestações, pois claramente há um fim comum nessas ações: a alienação total para a formação de castas controláveis por meio de suposta crítica sócio-cultural.

[Sobre "Crítico"]

por Paulo Castro
8/11/2006 às
16h58

Voto com instrução
Vitor, de fato, é uma idéia sensata, a igualdade perante a lei, mas se for levada ao pé da letra, dá base para a menoridade penal, por exemplo, para uma crianca de 10 anos poder dirigir e poder ser presa. Se o argumento contra a menoridade penal for que uma criança não tem condições de dirigir ou de assumir responsabilidades, a mesma vale para o voto sem instrução. Vira uma questão de interpretação e dá margem para discutir a imunidade indígena, por exemplo. Ou cair nos direitos iguais, como o de todo cidadão cursar uma universidade pública sem vestibular, ter saúde e segurança de qualidade, e muitas outras coisas que são corretas, mas que não acontecem. O certo seria todos terem instrução para votar, mas infelizmente não é o que ocorre.

[Sobre "Por que votei nulo"]

por Edward Bloom
8/11/2006 às
15h08

Direitos
Quero deixar claro que sou a favor do voto facultativo, mas absolutamente contra essa idéia de restringir o direito de voto a algumas faixas. Todos são iguais perante a lei, ou deveriam ser. Essa proposta nada tem de democrática. Quanto à sua crítica sobre os políticos, perfeito, é um direito seu, embora caia na generalização.

[Sobre "Por que votei nulo"]

por Vitor
8/11/2006 às
14h50

Guga e Vitor
Que bom, voltamos a um debate interessante. Guga, de acordo. Instrução é o mínimo para se votar, e poderia dizer até que seria democrático, pois há gente instruída partidária de tudo que há para ser partidário. Vitor, gostei do seu questionamento sobre quem julgar essa aptidão para o voto, uma comissão de notáveis, no caso, que seleciona apenas quem os interessar. Mas não é isso que os políticos são? Que preenchem diretorias de empresas públicas com gente de seu partido, de seu escritório, de sua família? Que julgam leis e execuções conforme seus interesses, de seus partidos? Há uma explicação cabível aí, de que seria uma escolha de quem a sociedade elegeu para lhe representar, mas volto ao começo da conversa: não vejo ninguém no meio político que me representaria ou que tenha algum interesse senão em ser sustentado pelo Estado e com sorte arranjar um empreguinho pro sobrinho, pra cunhada, etc. E vejo como uma posição democrática válida e não uma inclinação ditatorial como você disse.

[Sobre "Por que votei nulo"]

por Edward Bloom
8/11/2006 às
13h28

Julio Daio Borges
Editor

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