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Quinta-feira, 30/9/2010
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Leitores

Coletânea do Vandré
Vivenciei momentos da ditadura, onde a nossa pracinha do diário (Recife-PE) transformava-se em uma praça de guerra, quando nós, estudantes, contestávamos as opressões. Aqueles momentos em que a PE invadiu as lojas de disco e destruiu todo o estoque do meu querido Geraldo Vandré. Ele era o nosso orgulho. "Pra não dizer que não falei das flores" era nosso hino. Em meio a tanta perseguição ainda consegui resgatar uma relíquia para presentear um amigo de Portugal. Sinto muita falta desse grande artista. E por que não fazer uma coletânea em sua homenagem? Nosso hino, principalmente o que foi gravado no festival do Maracanã, onde ele termina chorando e me fez chorar de tanta emoção. Hoje, aos 61 anos, sinto falta dessa preciosidade cantando "Disparada" e tantas outras... Hoje não existem mais compositores como nosso querido Geraldo Vandré.

[Sobre "Geraldo Vandré, 70 anos"]

por Edileuza Fernandes
30/9/2010 à
00h14

Experiências pessoais na arte
Todo autor tem na sua ficção ou intuição um pouco da sua existência, da sua arte de beber, do viver, do namorar, de imitar a arte escrita quase que intensamente. Só assim conhece com certeza o que vai escrever, tanto no sentir, no chorar, no ater com a arte literária.

[Sobre "Guimarães Rosa em Buenos Aires"]

por Manoel Messias Perei
29/9/2010 às
21h53

Isso aí: também concordo em...
Isso aí: também concordo em número, gênero e grau com o colunista. E vou além: o romantismo, que leva as pessoas a terem que estar constantemente "apaixonadas", é uma das maiores desgraças principalmente em países latino-americanos como o nosso. É por culpa do romantismo, gerador de paixões desenfreadas e do consequente exacerbado ciúme, que dezenas -- talvez centenas -- de mulheres morrem por ano assassinadas por parceiros enlouquecidos; que cresce o índice de alcoolismo e consumo de drogas em geral e que, entre outras coisas, nosso povo fica cada vez mais alienado mentalmente e não consegue dar atenção aos reais problemas sóciopolíticoeconômicos que assolam o País. Aliás, já pensei em escrever um artigo desancando de vez esse tal "romantismo", que gera, também, canções idiotizantes como as atuais baladas sertanejas e outras besteiras piegas do chamado "cancioneiro popular", as quais tentam nos empurrar diuturnamente pelos ouvidos, numa verdadeira lavagem cerebral. Urgh

[Sobre "Sim, é possível ser feliz sozinho"]

por Evaldo Nascimento
29/9/2010 às
18h08

Educar usuários de drogas
A discussão é válida, pena que ela se limita a questões dogmáticas. A liberdade do cidadão é posta em cheque por um lado (é crime consumir? desde que não interfira na liberdade de outrem, creio que não), por outro lado, o próprio "corpus" de cidadãos, ou seja, a capacidade de se viver em liberdade sem auferir outrem, complica e se postula em pilares dogmáticos. O tráfico é para mim o ponto que articula esses movimentos, pois a troca de "drogas" por dinheiro financia outros crimes, mas só existe devido a deficiência de Lei (a ilegalidade gera/ cria a criminalidade); com a Lei articulando esse ponto (e não o tráfico), a legalidade do comércio das drogas influencia diretamente o seu consumo e os "tipos de consumo", pois, creio eu, que com uma atividade comercial legal o Estado, em vez de punir o usuário, exerceria papel fundamental no "uso das drogas", ou seja, educar os consumidores, para que estes façam um consumo com liberdade, regulamentando com isso também a liberdade dos não consumidores.

[Sobre "por que as drogas devem ser legalizadas"]

por Juliano Kruger Lessa
29/9/2010 às
15h47

Quem compra drogas é cumplice
Caro Fábio, você pontuou alguns argumentos dos defensores da ilegalidade das drogas, mas não tocou no ponto principal, que não poderia, de forma alguma, ser descartado de uma discussão nesse sentido. Se falarmos em legalização de drogas no Brasil, estamos dizendo que iremos aumentar os consumidores (sim, aumentar, pois a legalização aumenta, e não diminui como muitos dizem, vide a bebida alcoólica) no país, e aumentar a "importação" de drogas de países como Colombia, Bolivia, e Irã, Iraque etc. Isso significa financiar mais crimes, mais mortes. Isso explica o fato da Holanda ter recuado o seu programa de legalização de drogas, por pressão internacional. Os consumidores de drogas que não veem isso estão tapando os olhos para uma realidade brutal: quem dá dinheiro para traficante, põe uma arma na mão do bandido. E você, Fábio, que deixou claro que usa/usou drogas, só é mais um que contribui para a violência no país. Quem compra drogas é cumplice do crime, e ponto final.

[Sobre "por que as drogas devem ser legalizadas"]

por Paulo Alves
29/9/2010 às
14h36

Construindo a poesia
De passo em passo caminhamos, de degraus em degraus subimos, até chegar no e contemplar os caminhos por onde construimos a poesia caminhando.

[Sobre "Tempo vida poesia 4/5"]

por Manoel Messias Perei
28/9/2010 às
20h15

Não precisa ser tão ruim
Como assim não existe música pior??? Ouça - ou leia - isto. "sprkitzx netrwq adebrupt guwal". Entendeu? Nem eu. Agora ouça ou leia esta outra frase... "Um dia surgiu, brilhante/ Entre as nuvens, flutuante/ Um enorme zepelim..." Agora você entendeu? Eu também. Imagine nossas crianças ouvindo a primeira frase... Pense nas influências. Ok. Agora volte aqui em 20 anos e pergunte a elas: o que você ouvia quando era criança? Bah, eu ouvia Xuxa, Sambalelê, Tiririca, Belo... Daí voccê fala: "hummm, está explicado". Precisamos de rádios melhores. O popular não precisa ser tão ruim... Abraços.

[Sobre "Os piores músicos da década"]

por Billy.Audio.Dinamite
28/9/2010 às
17h45

Faltaram muitos nomes
Concordo em gênero, número e grau. Mas que faltaram muitos nomes - cerca de 90% dos músicos brasileiros -, lá isso... Essa caterva do samba, do funk, dos breganejos, da falsa MBP... desejo que vão todos para o inferno.

[Sobre "Os piores músicos da década"]

por Gil Cleber
28/9/2010 às
12h19

Violências contra as mulheres
Construir mesquitas não é o mesmo que construir um terreiro de candomblé. Atrás da mesquita vem o estado teocrático e as leis islâmicas. Enquanto o ocidente, ainda que com resalvas, libertou a mulher da condição de "animal de serviço e lazer", no outro lado, o talak repetido três vezes pelo marido é suficiente para repudiar a esposa e tocá-la para fora sem nenhum direito. Mas não é só. Infibulação, mutilação, lapidação, violência e brutalidade como forma de pena e castigo por qualquer motivo, remetem a mulher à condição de criatura do mal, indesejavelmente necessária. Gerações de filhos de imigrantes que não se deixam misturar, ou não são absorvidas, continuam estrangeiras. Um problema? Por certo são. Mas não dá para condenar a tentativa de alguns países europeus em preservar suas identidades, costumes e civilização. Para isso, terão que começar a limpar as ruas, os banheiros e as próprias casas. Terão que pegar no pesado, senão, Alá vai pegar...

[Sobre "O governo de uns, o governo de outros"]

por Raul Almeida
28/9/2010 às
11h30

A vida não muda
Meu senhor minha senhora/ vou falar com precisão/ não me negue nesta hora/ seu calor sua atenção/ a canção que conto agora/ fala de toda a nação/ andei pelo mundo afora/ tentando muito encontrar/ um lugar pra ser contente/ onde eu possa ficar/ mas a vida não mudava /mudava só o lugar.

[Sobre "Geraldo Vandré, 70 anos"]

por EDUARDO
28/9/2010 às
10h01

Julio Daio Borges
Editor

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