Segunda-feira,
25/12/2006
Comentários
Leitores
A recusa de Luandino
Sempre que um escritor recusa um prêmio literário, está considerando a literatura como coisa menor - do que a ideologia política, do que a visão filosófica, do que o trauma étnico etc. Luandino poderia recebê-lo e doá-lo a uma instituição de seu país tão sofrido, fundar uma ong etc. Recusá-lo simplesmente assim passa a idéia de que está acima dos países e das instituições, bem como de que considera o passado algo bem mais forte e significativo do que o futuro. Enquanto ele recusa o prêmio Camôes, milhares de escritores de língua portuguesa não conseguem sequer editar um livro e permanecem anônimos com obras extraordinárias, mas fora do circuito comercial. Não questiono os motivos íntimos e inconscientes que o levaram a essa atitude, mas é preciso contemplar o óbvio de que a colonização já terminou e essa é a língua que temos, ainda que em meio a tsunamis culturais.
[Sobre "Luandino Vieira, o melhor de 2006"]
por
lucila nogueira
25/12/2006 às
22h37
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Jô Soares: um tiro no escuro
Não esqueço uma entrevista do Jô, de muitos anos atrás, na qual ele se revelou incorrigível nessa compulsão de ouvir o galo cantar sem saber aonde e sair declarando asnices, crente que está abafando. Um jovem historiador era o "gancho" da vez. A uma certa altura, mencionou-se a rainha Cleópatra. O Jô, num arroubo de demagogia e amparado numa noção capenga das características das dinastias egípcias, afirmou TAXATIVAMENTE que Cleópatra (produto da endogâmica linhagem do macedônio Ptolomeu) seria negra! Chegou a exigir que o constrangido entrevistado o confirmasse - sendo atendido de pronto. O pobre rapaz preferiu gozar bovinamente seus parcos minutos de notoriedade e jogou fora a oportunidade de se imortalizar numa peleja "histórica" contra esse boquirroto dragão adiposo do pedantismo televisivo. Foi pena. E o pior é que o balofo vaidoso não se cansa de caçoar da carapinha do Bira. É mole? O cara, realmente, adora dar "tiro no escuro", hahaha!
[Sobre "Anti-Jô Soares"]
por
Nascimento
25/12/2006 às
19h56
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Nunca é tarde para começar
Parabéns, Marcelo, por tudo que você escreve. Tenho 64 anos e quero começar a escrever. Estou me espelhando em você. Um abraço.
[Sobre "Como escrever bem — parte 1"]
por
Otaviano Coimbra
25/12/2006 às
18h09
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Presente pré-escolhido
Foi justamente disso que minha namorada reclamou: como me dar livros, se ela não tem idéia de quantos e quais livros eu tenho? Nem eu tenho idéia, na verdade hehehe. Então fizemos o seguinte: eu passei pra ela 3 títulos e ela escolheu um dos 3 e me deu. Foi o jeito hehehe.
[Sobre "Livros de presente reloaded"]
por
Rafael Rodrigues
25/12/2006 às
15h44
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Televisão é desperdício
Tô contigo, acho a televisão um desperdicio, raramente faço o sacrifício de assistir alguma coisa, mas os caras que fazem a programação são de um mau gosto impressionante.
[Sobre "Anti-Jô Soares"]
por
PEDRO MONTEIRO
24/12/2006 às
22h23
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Essa cultura toda
Rafael, você tem umas antenas sintonizadíssimas, meu! Lendo desse jeito... rapaz, se eu conseguir ler um livro por mês já tô lucrando...
Afinadíssimo esse texto; um mapa pessoal do Digestivo com os lugares que o Rafael achou legais. Deixa eu acrescentar mais um nome, agora no sério: um tal de Rafael Rodrigues cujos textos são excelentes. Como esse aí em cima. Abraços, véio, e continue com essa cultura toda: a gente precisa!
[Sobre "Minha primeira vez - parte I"]
por
Guga Schultze
24/12/2006 às
12h10
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E eu não me viciei...
Dizem que o cigarro e a bebida viciam. Mentira! Fumo e bebo há mais de 40 anos e nunca me viciei...
[Sobre "Parei de fumar"]
por
João Nilson Dias
23/12/2006 às
21h39
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Da necessidade dos livros
Sinto necessidade de conhecer o Museu da Língua Portuguesa após ler o poético texto. É um convite e também a curiosidade de sentir a falta do livro.
Ninguém consegue adquirir cultura sem ler constantemente livros e mais livros. Deve ser encantadora a visão do museu como diz Affonso Romano. Parabéns.
[Sobre "No Museu da Língua falta o livro"]
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Cleusa Azambuja
23/12/2006 às
19h24
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Resposta número 2
Daniela,
Acabei perdendo o filme do Wim Wenders, mas acredito que seja mesmo muito bom. Eu vi "Os Sete Pecados Capitais" e também gostei. Não acho que "A Máquina" tenha saído tanto assim do esquema global, mas é um filme interessante. Concordo que "A Passagem" seja um quero-ser-David-Lynch, mas não deixa de ter o seu valor. Disponha sempre que quiser das dicas. Lá no meu blog há sempre comentários novos do que tenho visto.
[Sobre "Cinema 2006: um ano mediano "]
por
Renata Marinho
23/12/2006 às
15h46
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Resposta número 1
Oi, Carla. Muito obrigada pelos elogios. Ainda não vi Volver, mas verei nos próximos dias sem falta. Depois eu lhe escrevo para dizer o que achei.
[Sobre "Cinema 2006: um ano mediano "]
por
Renata Marinho
23/12/2006 às
15h41
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Julio Daio Borges
Editor
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