Sexta-feira,
23/2/2007
Comentários
Leitores
Literatura por religião
Briguei com Goethe, esta Charlotte que ele inventou, o ar de madonna me irritava, mulher sem mácula; alimentando desejo impossível, me chateou, fechei o livro e fiquei duas semanas sem falar com ele. Depois li com distância e fechei com certa solenidade; que fique esperando uma opinião! Quero buscar a proximidade com esta e aquela obra, neste e naquele tempo. Celebrar seus códigos. Fazer parte deste movimento, é nesta fome que me reconheço. Este universo rico e vasto, diverso e assustador; não temo! Quero a suavidade do verso sem pouso, a leveza do hai-cai; o folclore, a fábula, a ficção e a farsa. Quero a centelha desta cosmogonia colossal que une culturas, que desvenda mundos e constrói pontes irreais no tempo-espaço para nos deslocar o centro, aqui nos encontramos, a convite de Ana, para revalidar este pacto, alimentar este vício, revigorar este feitiço. O reconhecimento que a literatura propicia é único. A fúria com que consumimos seus frutos e celebramos nossos heróis e a nós mesmos...
[Sobre "Leituras, leitores e livros — Parte II"]
por
Carlos E. F. Oliveir
23/2/2007 às
19h46
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Estou grávida!
Talvez este tenha sido um dos meus maiores receios, ter filhos... Houve épocas em que eu pirava, achava que ia ter cinco, para que cada um fizesse companhia para outro, outras vezes achava que nunca iria engravidar por ser algo de enorme responsa (o que não deixa de ser)... Descobri que estou grávida aos 29 anos, mas é isso mesmo: retardar tanto para quê? Ainda há forças para viver mais emoções, sentimentos e abraçar a vida que está sendo gerada dentro de mim. As dúvidas sempre existirão, é inerente ao ser humano. Sempre achamos que poderia ser melhor, nos projetando para um futuro que deve ser vivido a cada dia que passa... Uma assídua leitora da filosofia alemã de Schopenhauer e Nietzsche, os quais enfatizam particularidades das mulheres e da espécie humana, não me fizeram desprezar a idéia de ser mãe, mas realmente tudo tem sua hora, seu artigo me faz caminhar para o bem, mesmo porque faço meus os versos de Fernando Pessoa que diz "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".
[Sobre "A hora certa para ser mãe"]
por
Nira Martins
23/2/2007 às
19h31
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Gostei das dicas!
Mesmo que goste de ler (e gosto), infelizmente aquela escola (CEFET) não nos deixa muito tempo pra boa literatura. Ano passado devo ter lido uns 8 livros no máximo, e normalmente leio muito mais que isso. De qualquer forma, foi um bom ano para novas atividades e de certa forma aprendi a ler coisas diferentes dos famosos "livros de mulherzinha". Gostei das dicas! Quem sabe não aparece um tempinho para isso né? De qualquer modo irei anotar :) Beijos!
[Sobre "Leituras, leitores e livros — Parte II"]
por
Luiza Maciel
23/2/2007 às
19h08
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a velha e boa capanga
Essa da "capanga" foi demais! Eu também já tive uma e acho que foi minha primeira carteira de verdade. Ela era enorme! Toda preta e com um zíper, que ficava meio metro pra dentro de sobra! Eu a comprei em uma barraca de feira livre. Caramba, mas como foi difícil consegui-la! Como "ralei" para juntar o dinheiro que desse para adquiri-la! Mas, depois que a possui, a coisa que mais gostava de fazer era sair com ela pendurada no punho da mão direita! E ainda fazia inveja para os meus amigos, que não podiam ter uma igual. Ah, a velha e boa "capanga". Puxa, Ana, de que você foi lembrar!
[Sobre "Rituais de final de ano"]
por
Américo Leal Viana
23/2/2007 às
15h50
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ah, esse livro eu já li
O bom leitor é aquele que não lê tudo, mas o que seleciona o que deve ler. Por isso, é sempre bom estar "sintonizado" em quem sabe ler, porque, daí, a gente fica sabendo o que pode ler com tranqulidade, porque, se eles leram, eu também posso ler. É claro, que, às vezes, o que pode ser uma leitura, digamos, "interessante" para você, pode se transformar em um verdadeiro dilema para mim. Fora essas "indicações", tenho como critérios para minha escolha de livros a ser lidos, os seguintes: 1) o autor, 2) o título do livro, e 3) a editora. No ano passado, devo ter lido uns 30 livros, mais ou menos, e, para esse ano, havia me proposto elaborar uma relação dos livros à medida em que fossem lidos. Mas já me perdi. Acho que já li uns 10. Mas, o legal em tudo isso, é, estando em um conversa, poder dizer: "ah, esse livro eu já li", e até, se for possível, fazer um comentário sobre ele. Depois da leitura de seu texto, Ana, me ficou a nítida impressão de que qualidade é o que mais importa. Parabéns!
[Sobre "Leituras, leitores e livros — Parte II"]
por
Américo Leal Viana
23/2/2007 às
14h11
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um gigante adormecido
Realmente todos esses fatos eu não sabia, mas realmente o Brasil é isso mesmo um gigante adormecido, infelizmente, e acredito que por várias gerações ainda.
[Sobre "No Brasil, de braços abertos?"]
por
Gilberto
23/2/2007 às
13h49
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a única coluna que leio aqui
Oi, Ana Elisa, boa tarde! Acompanho a sua coluna aqui no Digestivo Cultural. Aliás, é a única coluna que leio no Digestivo. Não só pelo fato de ser mineira e de Beagá, mas, tb, pq eu gosto de ler a sua coluna (tomara que achem que sou bairrista! Se acharem, tudo bem. Respeito a opinião alheia). Na realidade, tb leio outros sites e blogs. Inclusive, sou articulista, correspondente e colunista de um deles. Nesse corre-corre diário e produtivo, temos que filtrar as leituras de acordo com os nossos objetivos e interesses (eu acho que vc tocou no ponto exato!). O leitor João Roberto tb tocou noutro tema chave: tudo é uma questão pessoal. De escolhas, de empatia, de tempo, enfim... Tem muitas variáveis atuando sobre a gente. Outra coisa - talvez seja coisa de geminiano -: por hábito, eu sempre trabalho a leitura a partir de três livros mensais. Quer dizer, a reflexão de pelo menos três livros mensais. É uma marca, um limite pra mim: um objetivo. Obrigado e abraços do josealoisebahiabhzmg.
[Sobre "Leituras, leitores e livros — Parte II"]
por
José Aloise Bahia
23/2/2007 às
13h33
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faminta em um banquete!
Ana, gosto muito desse tipo de dica. Nada melhor do que quem leu e gostou, para indicar uma leitura. E como sempre, mais gostoso é esse seu jeito de escrever que faz as dicas ficarem mais atraentes. E concordo com o comentário do João Roberto, sempre sinto o desejo de ler mais do que posso. Ir à uma livraria é um prazer por namorar tantos livros e ao mesmo tempo uma angústia de sentir que há tanto para ler que nem vivendo mil anos vamos dar conta. Ou então em uma boa biblioteca, costumo dizer que sinto-me como uma faminta em um banquete!
Abraços
Áurea
[Sobre "Leituras, leitores e livros — Parte II"]
por
Áurea Thomazi
23/2/2007 às
13h15
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Viciei completamente...
Bom, o blog é ótimo, os colunistas também... Descobri o site por meio do Google numa pesquisa, todos os dias antes de começar o expediente eu dou uma olhada... Viciei completamente... A respeito do "ninguém lê", não está relacionado a "se eu escrevo bem"... Acho que as pessoas têm receio de deixar não comentários sobre assuntos, até por pensarem que também escrevem "mal"... Bom eu sempre participo com minhas opiniões, estando elas certas ou não (gramaticalmente falando)... Continue escrevendo que eu continuarei lendo.
[Sobre "O blog que ninguém lê… "]
por
Aline Nogueira
23/2/2007 às
12h14
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Barrados no baile
Como é que a gente faz para barrar os burocratas? De onde vêm esses caras? Estou me lembrando de um episódio em que o Sabin (que fez a vacina que salvou milhões da paralisia infantil) foi barrado no baile do Brasil. Já o Pinochet passeou tranqüilo por aí... Muito bom, Ram. É isso aí.
[Sobre "No Brasil, de braços abertos?"]
por
Guga Schultze
23/2/2007 às
11h57
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Julio Daio Borges
Editor
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