Terça-feira,
13/3/2007
Comentários
Leitores
Repensar o refazer
Verônica, boa sorte mesmo! A USP parece ainda mais embolorada do que a UFMG, onde me formei, e muito bem, em Letras. Concluo o doutoramento este ano, mas ainda me lembro de que grande parte do que aprendi e das boas experiências que tive não foram em sala de aula, mas nos gabinetes dos professores, em conversas e atividades na companhia deles. É um universo diferente daquele das aulinhas. Outra grande parte do que me pareceu interessante e formativo pintou porque eu procurei. Teria procurado (e encontrado) nas bibliotecas do campus, na Internet, numa universidade privada ou pública. Tanto faz. Mas há coisas inteligentes que só uma universidade pública se preocupará em fazer e oferecer bem-feito (cursos de Letras, por exemplo). Encontre seu caminho apesar de professores, banheiros, cantinas, traças, retroprojetores emperrados. Isso não é o principal. Mais bacana é ter Antônio Cândido como professor. Mais ninguém tem.
[Sobre "A Letras, como ela é?"]
por
Ana Elisa Ribeiro
13/3/2007 às
12h05
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entrar na vida de cabeça
Deve ser mesmo gostoso entrar nessas páginas de "A Idade da Paixão" e lembrar que um dia fui assim, como tantos outros foram. A Idade da Paixão é essa mesma, acreditar que vamos e podemos modificar o mundo, acreditar em valores genuinamente honestos e entrar na vida de cabeça, corpo e alma.
Ainda que sobrem alguns lampejos dessa intensa juventude, jamais seremos os mesmos. Percebemos que o mundo é mais forte que nós. Obrigada pela dica, vou tentar encontrar esse livro. Um abraço, Adriana
[Sobre "Qual é, afinal, a melhor idade?"]
por
Adriana
13/3/2007 às
11h21
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O que sei da literatura?
Só tive a convivência cotidiana com escritos, que às vezes eram livros, outras não. Ainda hoje me sinto inseguro para endossar determinadas definições que obedecem tendências. Se o que leio me alimenta a percepção, desloca do ponto leitor, me integra a narrativa e provoca alguma inquietação; só estas descrições já valem a visita. Nada sei dos academicismos que estão gerando uma horda de escritores cheios de fórmulas e sem imaginação. Quero o registro, um ângulo inusitado que se revelou ao fotógrafo e da arte que o transformou em ator. Busco o sem-fim de Guimarães e o reconheço na prosódia de Miguilim reproduzida a cinzel; quero os ecos viciantes do Manual dos Berros, digo Manuel de Barros, por tudo o que ele atentou de escutar. Pois se literatura tiver este quê de ciencia, está para a medicina em relação à necropsia, ajuda a desenvolver, porém não salva vidas. O que sei da literatura? Nada. Que me digam da definição do nada e então serei feliz, quem sabe, culto.
[Sobre "Dá para aprender literatura?"]
por
Carlos E. F. Oliveir
12/3/2007 às
23h54
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tanta gente nova escrevendo
Muito BOM!!! Texto flui super bem e a linguagem é uma delícia.
Sou professora de Literatura do Ensino Médio e do Curso de Letras e é uma luta tentar mudar essa cara do Brasil. Explico: a crítica somente valoriza escritores ao estilo machadiano ou drummoniano. Nada contra. Contudo temos tanta gente nova escrevendo que precisam tão somente de gente com olhos para percorrer seus textos. Quem sabe, assim, teríamos adolescentes que aprendessem a gostar de literatura e, conseqüentemente, adultos letrados e sobretudo engajados com seu tempo e sua realidade. Mas, num país ainda voltado para modelos impostos, talvez isso seja somente um sonho...
[Sobre "Amar é burocrático"]
por
Valeria Mello Freire
12/3/2007 às
20h16
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clima de casa de praia
Muito bom isso! Tão legal ter sensibilidade e bom humor para trazer tanta atmosfera para o texto. Já senti tantas vezes esse clima de casa de praia, cheio de dezembros e janeiros vencidos e com cheiro de maresia misturado com chuva de verão. E nada como revistas femininas (ou masculinas!) para matar nosso tempo com questões profundíssimas...
[Sobre "Revistas velhas na praia"]
por
Jose Bueno Franco
12/3/2007 às
17h55
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beleza de entrevista
poderia ficar lendo mais 30 páginas na telinha. e não acionaria a impressora, não. grato, edson cruz
[Sobre "Flávia Rocha"]
por
edson cruz
12/3/2007 às
17h35
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O privilégio da pobreza
A exclusão citada nada tem a ver com pobreza, Índia ou Coréia. Pensava nas oligarquias que ainda fazem política em defesa de seus privilégios. Pensava nas oportunidades desperdiçadas, pela falta de apetite e talento para encarar uma competição leal; se é que neste modelo de sociedade isto seja possível. Não entendi bem esta história de privilegiar a pobreza mas vou acompanhar a firmeza com que defendes sua argumentação e, quem sabe, eu possa perceber o sentido de tudo isso. Quanto ao anacronismo e protecionismo, me perdoa, fiquei perdido de vez; não sei o que fazer com os pobres, de quaisquer penúrias, seja material, seja intelectual... Embora reconheça que seja necessário incentivar o talento, nunca disse ou deixei implícito que combater a exclusão seria atentar contra o talento. Creio que seja necessário aniquilar a pobreza e assim acabaremos com os pobres; ou acabarmos com pobres para dizimar a pobreza, ih, acho que estou confuso... Já vi história parecida mas os pobres eram judeus.
[Sobre "Investimento atrás das grades"]
por
Carlos E. F. Oliveir
12/3/2007 às
14h55
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por não ter o que fazer
Essas pessoas gostam de espalhar mensagens por não ter o que fazer. E acredite, tem quem goste disso.
[Sobre "Mensagens encaminhadas"]
por
Márcio Faustino
12/3/2007 às
13h55
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Dependente tecla fumando
Tudo que a Vanessa diz das dançarinhas de axé que abundam por aí, em fama efêmera, também pensei, mas barbudo de baiana fica um pouco desusado para um piauiense criado desde um ano de idade no Rio Grande do Sul, tchê. Então, fiz terapias, lavei louça, as roupas em tanque. Cheguei ao doce devaneio da Confraria dos Blogs Não Lidos. Mesmo sem a Fama urgente, que talvez trouxese a reboque alguma Fortuna, persisto. Vou até publicar impresso algo mais alentado que já escrevi, a novela "O dia do descanso de Deus". Sei o que é dependência, nem consigo largar do teclado enquanto estou fumando.
[Sobre "Intravenosa"]
por
Adroaldo Bauer
12/3/2007 às
13h35
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Sejamos mais críticos!
Ótimo texto. Realmente, ser honesto, hoje em dia, infelizmente, é ser também taxado, muitas vezes, de mal educado, rude ou crítico, como se esse último adjetivo fosse pejorativo. O que a sociedade precisa é ter a consciência de que a honestidade e a crítica não têm a finalidade de depreciar quem se critica, mas sim o desenvolvimento mental, profissional e pessoal do criticado. Sejamos mais críticos, logo, mais verdadeiros!
[Sobre "Honestidade"]
por
Vanessa Braz
12/3/2007 às
10h19
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Julio Daio Borges
Editor
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