Terça-feira,
19/3/2002
Comentários
Leitores
Feito do povo para poucos
Ana, se sentiu ofendida me desculpe, mas me senti altamente ofendido ao falar que o Carnaval é uma festa popular.
Com dados que conhecemos que voce ilustra tão bem seu comentário e outros artigos aqui no digestivo o Carnaval não é uma festa do povo. Hoje é uma festa cara para uma parcela da população . Seus dados só retratam bem isso.
Não conheço ninguém que faça parte da maioria e foi pular carnaval, nem mesmo pipoca na Bahia ou São paulo. Uma pessoa que ganhe 500 reais e sustenta uma família não irá pular carnaval aqui ou em lugar algum.
Carnaval é uma festa que maioria do país assiste na Band, Globo outros canais. Essas pessoas não gasta dinheiro com cerveja mesmo na pipoca.
Um Debate é sempreum debate, mas acho querer falar que o carnaval é uma festa popular mesmo parte popular não participe por probelma conhecidode todos é demais
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Otavio
19/3/2002 às
11h08
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Vive la Différence
Como você mesmo diz, Otávio, discordar é natural; logo minha opinião é tão legítima quanto à sua! Seus adjetivos proferidos à minha pessoa, nada me dizem, uma vez que não o conheço.
Quanto aos meus "parcos" conhecimentos, atribuo ao fato de, felizmente fazer parte de uma parcela restrita da população que tem acesso aos cursos de graduação e pós-graduação (certamente, não os "animais" a que se refere o colunista no seu infeliz artigo). Quanto ao número citado acima, é o número divulgado pela Emtursa, e, se um milhão de pessoas são turistas, ótimo! Só endossa o fato de que, a festa é boa o suficiente para atrair gente do mundo inteiro. Caso deseje se informar melhor sobre o carnaval de Salvador, sugiro o site da Emtursa, mais especificamente no endereço:http://www.emtursa.ba.gov.br/carnaval/resumo.html#carna2001
Segue um pequeno trecho com dados relativos ao carnaval de 2001:
MOTOR DA ECONOMIA
Ano após ano, os indicadores econômicos do Carnaval de Salvador vêm se tornando mais e mais significativos. A festa vem se tornando cada vez mais conhecida e absoluta em termos de números, tranformando-se num dos grandes motores da economia baiana. Em 2001, por exemplo, a festa foi responsável pela geração de 125,2 mil empregos diretos e indiretos, e uma movimentação de negócios da ordem de R$ 537 milhões, incluindo venda de abadás, comercialização de bebidas e alimento em blocos, investimento das entidades carnavalescas, festas de blocos entre outubro e fevereiro, venda de água, cerveja e refrigerantes, camarotes, mesas de pista e arquibancadas, hospedagem, aluguel de imóveis, passagens aéreas, terrestres e hidroviárias, indústria fonográfica, dentre outros. Cerca de 5.800 artistas comandaram a festa de cima dos trios elétricos e palcos. Ao mesmo tempo, a cidade registrou a presença diária de 2 milhões de pessoas nas ruas, a participação de quase 200 entidades carnavalescas e a visita de 952 mil pessoas no período compreendido por cinco dias antes, durante e cinco dias depois da folia, sendo 401 mil turistas brasileiros e estrangeiros (13%) e o restante, moradores de municípios localizados a menos de 150 quilômetros de distância de Salvador. As unidades hoteleiras registraram um índice de 98% de ocupação e, em termos de estrutura, a festa contou com a construção de 116 camarotes, 38 mesas de pista, 2.280 lugares em arquibancadas pagas e 1.913 lugares em arquibancadas gratuitas.
A festa foi transmitida em 169 horas pelas emissoras de televisão em rede local, 82 horas e 22 minutos em rede nacional e 104 horas e 43 minutos em rede internacional (para 50 países através da TV Bandeirantes, para 29 países através da Directv e para 12 países através da Globo Internacional). Ao todo, foram credenciados 3.832 profissionais de imprensa, sendo 425 estrangeiros (de 36 países e de 148 órgãos da imprensa internacional), 728 nacionais, 2.459 locais e 220 do estado da Bahia. Os brasileiros representaram um total de 843 órgãos de imprensa de todo o País. Outro saldo positivo da festa revelou-se na coleta de 150 toneladas de latas de cerveja e refrigerante, usadas para reciclagem, e consumo de 10,3 milhões destas bebidas, além de 5,2 milhões de litros de água mineral.
Mais uma vez, por não me conhecer, seus comentários sobre minha pessoa não fazem o maior sentido: já pulei em bloco, em camarote e, sim, também na pipoca, inclusive este ano. É verdade, os custos são altos: três dias de bloco - com 8 horas de som, banheiro, bar, segurança, etc. custam 1 hora de escola de samba no Rio ou São Paulo - as fantasias mais baratas!. Camarotes, espaços VIP existem em toda grande festa bem organizada - haja vista os camarotes disputados a tapa pelas candidatas a "Globais" e "Playmates", do camarote da Brahma no Sambódromo. Aqui na Bahia, paga quem quer! É perfeitamente possível pular na pipoca, se divertir a valer, sem gastar quase nada (exceto comida e bebida). No Rio e em São Pulo, paga-se para assistir os outros se divertindo(?!)
Quando cito Caetano, o faço com muito orgulho (não estou aqui discutindo política, e sim o valor de um dos maiores músicos do País - claro que é questão de opinião, como você mesmo diz: não seja obtuso!). Com igual orgulho citaria Gilberto Gil, Rui Barbos, Gregório de mattos, Jorge Amado e tanto outros ilustres.
Não subestimo sua inteligência, mesmo porque nem sequer o conheço - quanto à revolta, me parece ser sua, com agressões baratas e sem fundamento.
Não sei de onde você é, mas já que não é burro, certamente deve saber que a má distribuição de renda é um problema brasileiro, e não, baiano (vide trechoS de reportagens de O GLOBO e FOLHA DE SÃO PAULO abaixo).
"RELATOR da ONU CRITICA DESIGUALDADE NO PAÍS E GOVERNO BRASILEIRO REAGE
Múcio Bezerra e Evandro Éboli
RIO e BRASÍLIA. Dezoito dias depois de desembarcar em Brasília e percorrer seis estados brasileiros, o relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, disse que o Brasil e a África do Sul são os países das Nações Unidas de maiores desigualdades sociais. Ziegler, que voltou ontem para Genebra, afirmou que no território brasileiro coexistem uma França, uma Alemanha e uma Somália.
(JORNAL O GLOBO, 19/03/02)
DESIGUALDADE É UM PROBLEMA ESTRUTURAL
Carter Anderson
O chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri, disse compreender a indignação do relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, diante das desigualdades sociais existentes no Brasil. Mas os índices de desigualdade, segundo o professor da Fundação Getúlio Vargas, se mantêm há quatro décadas.
JORNAL O GLOBO, 19/03/02)
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A MONTERREY
Vinte e quatro horas depois de o enviado especial da Organização das Nações Unidas ao Brasil, o suíço Jean Ziegler, ter criticado o que chama de "guerra social" no país, outro funcionário da ONU faz uma observação negativa:
"O modelo de desenvolvimento latino-americano não gerou os resultados em matéria de redução da pobreza obtidos, por exemplo, na Ásia", diz Mark Malloch Brown, administrador do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
O PNUD é a agência internacional responsável pela elaboração do IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano, que estabelece um ranking de países não com base na sua potência econômica mas na qualidade de vida que oferece a seus habitantes.
Brown culpa, pela pouca eficácia do modelo latino-americano em matéria de combate à pobreza, a dificuldade de vencer o que chama de "desigualdade estrutural". É uma referência ao fato de que os países da América Latina, e em especial o Brasil, têm uma brutal brecha entre os ricos e os pobres, a mais elevada entre os continentes.(FOLHA DE SÃO PAULO - 19/03-02)
De uma leitora consciente, informada e revoltada com a agressividade barata dos outros.
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Ana Cláudia Mattos
19/3/2002 às
08h55
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mais lero-lero!!!
Ana, te parabenizo pela coragem em reagir ao corporativismo estabelecido por alguns colunistas e leitores do Digestivo. Apesar de já ter me pronunciado acerca do carnaval da Bahia, inclusive ratificando o posicionamento do Fábio sobre a exclusão existente nas ruas de Salvador, acredito que o autor tenta se valer do ataque desmedido e da polêmica contra tudo e todos para seu próprio destaque. Aliás parabenizo o Fábio também, pois estou me tornando leitor assíduo da sua coluna, entretanto comparo sua perfomance (exatamente idêntica) ao sensacional humorista Diogo Mainardi (colunista da Veja).
Saudações Cordiais.
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Anilson Roberto
19/3/2002 às
08h55
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Esses perversos americanos...
Meu caro Villela, somente você dizer que eu "falei besteiras" não transforma o que eu disse em besteiras. São necessários, para se contestar algo ou alguém, argumentos - algo que ainda estou procurando em sua mensagem. Ofensas e reclamações só não bastam. Prove, se é que pode, que os EUA se intrometeram "por dinheiro" nesses países, e que os governos destes países não eram corruptos e assassinos. Ou como você descreveria Saddam Husseim, ou Fidel Castro? E os Taliban?
Quanto à comparação, NÃO VOU ESQUECÊ-LA, porque continuo não a achando nem um pouco idiota.
Abraço, Rafael.
[Sobre "Depois do ensaio"]
por
Rafael Azevedo
19/3/2002 às
08h50
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Ai que saudade que dá
Na verdade este artigo traduz fielmente, o que hoje eu como milhares de pessoas que curtiram aquela época, setem, é um certo sentimento de "como eu era feliz naquela época", mas em fim é a vida da mesma forma como nossos pais não suportaram ouvir, Kon Kan, Sandra, OMD e outros que foram meus ícones, acho que agora entendo o que eles setem, principalmente quando chego em uma boate e entre um lixo(techno, pagode, forró), toca um flash back, como por exemplo, noite destas estava em uma famosa casa do Rio, achando tudo horrível e no meio do techno, o DJ toca Pandora's Box, do OMD, foi como a senha para voltar ao final dos anos 80 e ínicio dos 90, aquela época, que como o artigo fala muito bem tem sabor de Keep Coller, hoje como eu, muitos percorrem os sites de MP3 em busca destas pérolas, mas quer saber, adorei esta época sinto uma falta, não nóstaugica, mas uma leve saudade daquela época, que sem dúvida é a minha cara e com certeza de muitos da minha idade.
é bom saber que existem outros que pensam como eu.
Ronaldo Borges - Natal-RN
[Sobre "Nostalgia"]
por
Ronaldo
19/3/2002 às
08h07
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Preguiça, ódios, empáfia
[Sobre "Apresentação"]
por
Alexandre
19/3/2002 às
02h20
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Burro, mas não sou tapado
Nossa Ana como você é inteligente, democrática, sem preconceitos, humilde e com alta capacidade em não conseguir intepretar textos.
Bem quando diz que o carnaval de Salvador uma festa popular só pode ser gozação. Das duas milhões de pessoas, no mínmo um milhão são turistas. Esse ano era esperado mais de 1 milhão de turistas ( pode procuar no estadao, veja)
Para um cidade que tem cerca de dois e meios de pessoas e não tem lá uma boa distribução de renda, os números de pessoas que pulam carnaval de Salvador me parece destorcidos, já que os custos não são baixos e você sabe disso.
Existe a pipoca, mas você não me parece fazer parte do grupo que pula na pipoca?
Não fale de Caetano, homem que se diz do povo e apoiou o ACM.
Gostaria que média é essa que você fala estar acima?
Com certeza sou ignorante em muitos assuntos e tenho noção disto,mas não desrepeite a minha burrice, ela não tão grande assim.
Para fechar, deixe de ser obtusa e ouça opinão dos outros. Discoradr é natural, mas revoltar-se e falar sem argumetos é ter cara de pau.
De um leitor um burro e consciente dela e revoltado com a ignorância des outros
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Otavio
18/3/2002 às
18h44
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Mais do mesmo...
Eduardo,
Realmente, escrever tem dessas! Deve-se ter cautela com a semântica e a essência do que se quer transmitir. Vou tomar como elogio suas palavras, uma vez que, mesmo não sendo nenhum poço de sabedoria, minhas erudição e capacidade de interpretação certamente estão acima da média. Quanto ao senso de humor, sim, ainda bem que o tenho, porém, a ironia deixo para você.
Sobre o carnaval baiano, ao invés de simplesmente se influenciar pela opinião alheia..."Você já foi à Bahia...Não? Então vá!"
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Ana Cláudia Mattos
18/3/2002 às
16h52
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C.Q.D.
Está provado, agora: é preciso ter a capacidade de interpretação de texto, a refinada erudição e o irônico senso de humor da Ana Claudia para se divertir nesse carnaval. Meus pêsames, Fábio. Escrever tem dessas. Abraços.
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Eduardo
18/3/2002 às
15h23
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Se "Liga" você!!!
Que sua afirmação sobre não ser preto, ou gay ou deficiente físico foi preconceituosa, não tenho a menor dúvida; mais preconceituosa ainda foi a sua visão da maior festa popular do mundo - o Carnaval da Bahia (como disse Caetano: "todo mundo na praça e manda o povo sem graça p'ro salão").
Quanto à sentença na apresentação do site, você escreveu, está lá, é só ler. Se há algum problema semântico, deve-se ao autor, e não aos seus "leitores máquinas", cujo cérebro requer acionamento manual(nos quais não me incluo, até porque não tenho o hábito de ler a sua coluna - recebi este artigo via e-mail de outra pessoa igualmente indignada com a sua visão distorcida do carnaval da Bahia).
E viva a Bahia!!!
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Ana Cláudia Mattos
18/3/2002 às
14h50
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Julio Daio Borges
Editor
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