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Segunda-feira, 27/2/2006 O primeiro Roda Viva, a gente nunca esquece Julio Daio Borges Assisto ao Roda Viva desde criança. E não perco um toda semana. Nem que seja apenas para conferir quem vai e desligar em seguida. Nem que seja apenas para ligar a televisão uma vez por semana. Fiquei sabendo pelo Fabio que tem uma amizade dentro da Rede Cultura que o Ruy Castro participaria da próxima edição do programa. Como sou tiete do Ruy e do Roda Viva , resolvi me apresentar como candidato a entrevistador. Infelizmente, a bancada já estava lotada. O Ruy disse que seria um prazer e me restou a alternativa de participar na platéia VIP... Fui. Cheguei em cima da hora e segui para o ponto de encontro, o restaurante executivo da Cultura. O Ruy estava satisfeitíssimo com a repercussão de Carmen, seu novo livro. Conheci o Marcelo Bairão, o organizador do Roda Viva. Ainda aproveitei a ocasião e emendei um elogio ao blog do Pedro Alexandre Sanches, que também conheci. Avistei o Mario Sergio Conti à distância embora não soubesse que ele era ele, só depois. Revi o Hélio Goldsztejn depois de um encontro, há anos, com a Lúcia Guimarães. Entabulei uma conversa com o Ricardo Calfat, memorialista inconfesso do Rio. O Roda Viva, em si, me pareceu um cenário oco, meio frágil e fantasmagórico. A roda-vida, em si, é pequena, faz um frio danado e todo mundo fala sem amplificação de som. Nos primeiros momentos, é bem estranho. O Paulo Markun, de repente, surge. Começa a falar sozinho com o ponto. Já o Ruy Castro é maquilado na sua própria cadeira no centro do Roda Viva , enquanto nós somos maquilados lá fora, bem antes de entrar. O Paulo Caruso já desenha avidamente antes da gravação começar, e é impiedoso com o entrevistado da noite. Quando o Ruy confessa que usou, pela primeira vez em Carmen, o Google, o Paulo logo tasca: Alalaô... Google!. O Ruy revela que 70% de seu material, para uma biografia, vem de entrevistas. Fazer uma pergunta de cada vez; não preencher os silêncios reveladores do entrevistado; e voltar depois de seis meses para outra entrevista são suas técnicas. O Ruy ainda disse que provavelmente voltará a fazer uma outra biografia ainda que tenha negado isso, no ano passado, com veemência. Perguntei a ele sobre o Carlos Lacerda fora do ar e ele negou, mais uma vez, com veemência. O programa transcorre rápido, os blocos são praticamente emendados e o Markun anuncia os participantes ao final de cada um. Lamentavelmente, não olhei para a câmera na hora H, e você vai me ver, hoje, olhando na outra direção. No café depois do encerramento, eu e o Ricardo Calfat ficamos de, pretensamente, reunir de novo esse povo... Quem sabe numa publicação? Por enquanto, você fica com a íntegra do Roda Viva hoje à noite. E nós voltamos em um minuto. Para ir além Roda Viva, TV Cultura, hoje, às 22h30. Julio Daio Borges |
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