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Terça-feira, 26/8/2003 Depoimento Marcelo Barbão De todas as histórias dos colaboradores do Digestivo, acho que a minha é a mais sui generis. Afinal, não foi o Julio que me editou, mas foi o inverso. Explico-me: antes de ter meus textos publicados no Digestivo, eu publiquei um artigo do Julio na revista que edito, a Geek. Foi por acaso, recebi um e-mail do diretor da editora com o texto do Sr. Borges sobre os problemas do site no.com, que acabou saindo do ar e retornando como no minimo. O artigo tinha sido escrito entre a derrocada e a ressurreição. E tinha apontado, com precisão, os problemas enfrentados e as soluções possíveis para projetos assim na Internet. Gostei do texto, mas precisava de atualizações. Foi assim que conversamos pela primeira vez, por e-mail. Eu sugerindo alterações para o Julio. Depois de pronto o artigo, eu fui conhecer o Digestivo, não conhecia e gostei do nome. Fui lendo e descobrindo a sua história. Não posso dizer que gostei de todos os colunistas, aliás, nunca escondi isso. Mas gostei do projeto. Nesse momento, eu já escrevia pequenas resenhas de livros para outros sites. Comecei a escrevê-las por acaso e fui descobrindo a força de divulgação da Internet. Era uma forma de mostrar minha paixão por livros (não reclamem do clichê). Quando ofereci minha primeira resenha para o Julio, acho que ele não botou muita fé. O que um nerd de computador, editor de uma revista de informática, tem a dizer sobre literatura? Mas eu era insistente, para não dizer chato, até que enviei minha resenha sobre o livro "Brooklyn sem pai nem mãe", de Jonathan Lethem. A partir daí não parei de escrever mais, nem pretendo. Marcelo Barbão |
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