EDITORIAIS
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1 Milhão de Pageviews Mensais
Segunda-feira,
1/9/2008
Perguntas & Respostas
Julio Daio Borges
+ de 1900 Acessos
1. "Um milhão" não é um número comum na internet?
Pode parecer preciosismo meu no uso da linguagem, mas muita gente confunde — às vezes, de propósito — acessos ou hits com páginas, visitas, visitantes. Comumente se ouve por aí: "Tenho não-sei-quantos mil acessos" — esse número, na maioria da vezes, não representa nada, porque os acessos ou hits são manipuláveis. Uma página com 100 imagens gera 100 acessos de uma só vez (quando carregada), mas não significa que foi visitada por 100 pessoas, ou que gerou 100 visitas, nem, muito menos, que correspondeu a 100 páginas navegadas...
Nesse sentido, o Digestivo tem "milhões de acessos" (hits) mensais há muito tempo, porque são mais de 100 mil acessos por dia há anos. Mas só agora — em meados de 2008 — podemos dizer que tivemos um milhão de páginas navegadas por mês. O que não significa necessariamente que são um milhão de visitas, nem, muito menos, um milhão de visitantes-únicos...
2. Por que "um milhão de pageviews" é diferente?
Apesar da banalização do número de acessos (hits), que eu mencionei acima, um milhão é um numero importante na história da internet. O primeiro lançamento do Navigator, da Netscape, gerou um milhão de downloads. O TechCrunch, o mais importante blog de tecnologia atualmente, gera 7,5 milhões de páginas mensais; o portal Comunique-se, aqui no Brasil, gera dois milhões de páginas por mês; o no., depois NoMínimo, gerava 1,5 milhão de páginas mensais no auge.
Um milhão é, também, um número respeitável para os anunciantes e as agências de publicidade. Começamos a ser procurados pelos publicitários quando chegamos a 100 mil visitantes-únicos, mas, com um milhão de páginas, os contatos tornam-se mais freqüentes e os contratos, com os anunciantes, são igualmente mais interessantes. Não é à toa que o Edney Souza — o blogueiro brasileiro que mais faturou até hoje — declarou que as coisas começaram a mudar, para ele, a partir do primeiro milhão...
3. Qual é a responsabilidade que chega junto com esse "primeiro milhão"?
Inicialmente, a responsabilidade de "sustentar" essa nova marca. Ou seja, respeitar os contratos com os anunciantes e entregar as campanhas das agências de publicidade. Como diz o ditado "quanto mais alto, maior a queda"; mas como disse o Paulo Coelho outro dia, na revista do Fantástico, "se for para cair, caia logo de um lugar alto". Brincadeiras à parte, estamos trabalhando, agora, com metas semanais de visitação, até para consolidar esse primeiro milhão. (O Gustavo Cerbasi diz, no seu novo livro, que o "segundo milhão" é bem mais fácil...)
Mas a responsabilidade, mesmo, vem quando as questões técnicas começam a "pegar", por causa do crescimento do site. Quem visita o Digestivo há algum tempo, deve se lembrar de que, no ano passado, tivemos um problemão em termos de hospedagem — apesar de a empresa não entregar corretamente o serviço (e de ter a maior parte da culpa), o site já demonstrava que, em termos de infra-estrutura, precisava urgentemente mudar.
4. O que significa isso em termos práticos?
Significa que, primeiro, tivemos de mudar de empresa de hospedagem; depois, que tivemos de otimizar todas as páginas do site.
Durante o primeiro semestre de 2008 podemos dizer que foi feito um esforço, constante, para deixar o site "mais leve", em termos de navegação — o que, finalmente, permitiu alcançar a marca de um milhão de pageviews em junho de 2008. Basicamente, convertemos alguns "pedaços" das páginas em HTML puro, algo que diminui, em milhares de vezes, o acesso ao banco de dados e, conseqüentemente, elimina a lentidão do site.
Também explica porque existe uma limitação em sistemas "prontos" de publicação. Como eles são criados em cima de bancos de dados, não permitem esse tipo de otimização (a "volta" para o HTML) e, portanto, funcionam como um "teto" para o crescimento de blogs e sites...
5. E vocês eliminaram, também, o problema recente com os hackers...
É verdade; mas, para essa parte, temos de olhar sempre com cuidado. Como disse o Fabio Barbosa — meu ex-chefe no banco — "o preço da previsibilidade é a eterna vigilância". Creio que, para usar uma expressão conhecida das pessoas, são "as dores do crescimento"...
Os hackers tiveram também sua relativa importância, porque descobrimos que não poderíamos mais confiar só no back-up da empresa de hospedagem e passamos a fazer, nós mesmos, back-ups diários de todo o site. Portanto, colaboradores e leitores: não se aflijam; quase como na Wikipedia, hoje temos back-ups praticamente para cada versão publicada.
Os hackers estavam insistentes também nos comentários. Eram às vezes dezenas por dia, só com links maliciosos e textos ininteligíveis. Depois que descobrimos como (e por onde eles) entravam, ficou mais fácil barrar...
6. Alguma declaração final para os nossos leitores?
Acho que agora, como tanto quiseram (há tantos anos antes), somos, finalmente, um portal. Não com "cara", ainda, de portal (talvez). Mas nada que um novo layout não resolva (aguardem)...
Julio Daio Borges
Segunda-feira,
1/9/2008
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