ENSAIOS
Segunda-feira,
4/8/2008
Ensaios
Ensaístas
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Macunaíma, de Mário de Andrade
>>> Macunaíma não traz uma idéia triunfal do homem brasileiro, vendo-o a partir daqueles elementos tidos como negativos. Se há uma crítica ao caráter nacional, há também uma aceitação pelo humor daquilo que somos. Historicamente, sempre houve um descompasso conceitual entre quem somos e quem gostaríamos de ser, o que fez com que tentássemos impor pela literatura uma idéia de civilização sobre as vastidões selvagens de nossas terras e de nossos sentimentos.
por Miguel Sanches Neto
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O amor que choveu
>>> Era uma vez um menino que amava demais. Amava tanto, mas tanto, que o amor nem cabia dentro dele. Saía pelos olhos, brilhando, pela boca, cantando, pelas pernas, tremendo, pelas mãos, suando. (Só pelo umbigo é que não saía: o nó ali é tão bem dado que nunca houve um só que tenha soltado.) O menino tentou trancar o amor numa mala, mas não tinha como: nem sentando em cima o zíper fechava.
por Antonio Prata
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O som na cabeça
>>> Há quatro anos apresento um programa na Rádio Eldorado FM, de São Paulo, chamado Sala dos Professores. Nele, tento compartilhar com os ouvintes coisas das quais, geralmente, só os músicos têm consciência quando estão tocando. São preceitos que, se usados intencionalmente e com bom gosto, geram todas as sensações possíveis em quem ouve uma canção: alegria, melancolia, vontade de dançar, de relaxar, etc.
por Daniel Daibem
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Machado não é personagem
>>> Quantas vezes você já não ouviu que "Machado era como Brás Cubas, não teve filhos porque não queria transmitir o legado de nossa miséria"? Ou que o Conselheiro Aires era seu alter ego, demonstrável por frases como "Tenho tédio à controvérsia"? Ou que Bentinho era como o escritor, tímido e recluso? Pois tudo isso não passa da velha confusão entre autor e personagem.
por Daniel Piza
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Uma baby boomer no Twitter
>>> Como aged boomer, sou da época da televisão em branco e preto, das ligações interurbanas e internacionais completadas através de telefonista. Assisti à introdução da TV colorida e, quando comecei a estagiar, tirar xérox na empresa era um luxo. Minha tese de mestrado foi datilografada. Vi meu primeiro PC na Europa. Quando voltei para o Brasil, deparei-me com a primeira máquina de fax. A partir daí, tudo se acelerou.
por Eugenia Zerbini
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Hackeando o Sistema Democrático
>>> Talvez o desinteresse dos jovens pela democracia esteja ocorrendo porque, do ponto de vista da informação, o sistema democrático é um sistema muito pobre. A "interface" dele com o "usuário" é de uma simplicidade franciscana. Jovens de todo o mundo estão cada vez mais se acostumando a lidar com "sistemas" infinitamente mais complexos. Resta saber se as futuras gerações digitais irão dar início à tarefa de aperfeiçoar o velho sistema.
por Ronaldo Lemos
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Viciados em Internet?
>>> Será que em vez de achar culpados (agora, por exemplo, é a internet) não seria melhor aceitar que o problema está nos indivíduos? "Eu sou bonzinho, a internet é que me fez assim". Não, meu amigo. Se você deixa de comer e de ir ao banheiro, para ficar jogando, você é que tem problemas e, não, a internet. As psicopatologias existem, mas não podem ser usadas como desculpa pra tudo. É quase a versão moderna da possessão demoníaca. Você não fez nada; foi a doença, causada pela internet...
por Carlos Cardoso
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Machado polímata
>>> Uma passada de olhos na fortuna crítica leva a constatar que só de um polímata poderia haver leituras tão variadas. Já se escreveu sobre Machado de Assis funcionário público, socialista, religioso, historiador, cético, satirista, abolicionista etc. Essa abertura um tanto exagerada que Machado dá para tanta diversidade deve ser tomada não só como casual, mas sintoma de algo que estará no cerne de seu programa de escritor, de leitor e de pensador.
por Jacyntho Lins Brandão
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As noites do Cine Marachá
>>> Alguém já pensou que um cinema pudesse ser local apropriado para uma batucada? Pois é, isso acontecia no Marachá. Talvez, derivado do hábito de batucar na almofada antes de começar a sessão ― uma variação do bater o pé, das nossas esperas no matinê da infância ―, uma dupla de amigos corajosos inaugurou o hábito. Na semana seguinte alguém trouxe um pandeiro, alguém lembrou de um tamborim. E isso foi crescendo, crescendo...
por Antônio do Amaral Rocha
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A saturação dos novos autores
>>> Há hoje uma oferta imensa, massiva, indiscriminada de livros. Publicou-se demais pra aproveitar a maré de sorte ― e, como livro não é pastel, publicaram-se bobagens, irrelevâncias ilegíveis, tinta sobre papel, alimento para o esquecimento (porque sequer para entretenimento tais textos se prestam)... É preciso ser competente, trabalhar duro, especializar-se ― e isso, claro, leva tempo. E com o perdão dos blogueiros: escritor não dá em árvore.
por Márcia Denser
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Julio Daio Borges
Editor
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