ENSAIOS
Segunda-feira,
30/9/2002
Ensaios
Ensaístas
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Um afro-nordestino tocando para o mundo
>>> O percussionista Naná Vasconcelos saiu de Recife, passou pelo Rio e cumpriu a sina daquele velho slogan da Rádio Jornal do Commercio ("Pernambuco falando para o mundo") ao seduzir o sofisticadíssimo universo cult do jazz consumido (e venerado) na Europa. Tendo acompanhado com seus chocalhos e tambores instrumentistas guindados ao panteão, passou a ser considerado, sem favor nenhum, o melhor percussionista do mundo.
por José Nêumanne
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O melhor presente que a Áustria nos deu
>>> Qual é o maior intelectual brasileiro de todos os tempos? Quem disse Otto Maria Carpeaux (1900-1978) só estará errando a nacionalidade. Carpeaux era austríaco, mas passou no Brasil os últimos 37 anos de sua vida. Impossível imaginar alguém mais culto, mais humanista. Mesmo numa geração da qual faziam parte figuras de notável saber, como Agripino Grieco, Alceu Amoroso Lima e Álvaro Lins, Carpeaux sobrava.
por Sérgio Augusto
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Os escritos rebeldes de um descolonizador
>>> Glauber, baiano de Vitória da Conquista, foi um dos espíritos mais originais e inventivos da história do cinema universal. Eisenstein, Buñuel e Godard formam a tríade que inspirou Glauber. Ele desponta como grande artista porque incluiu em sua produção os três principais elementos da contracultura: modernismo, freudianismo e marxismo. A obra do cineasta traduz a estética do fragmentário.
por Pedro Maciel
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Modernismo e Modernidade
>>> O modernismo é, antes de tudo, um estilo, uma linguagem, um código, um sistema de signos com normas e unidades de significação. Ou seja, implica em uma visão de mundo. Ser moderno é estar em um tempo e espaço que promete aventura, poder, crescimento, alegria, transformação do ego e do mundo ao redor, mas, ao mesmo tempo, ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que somos e sabemos.
por Alberto Beuttenmüller
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Padre chicoteia coquetes e dândies
>>> Durante quatorze anos, entre 1832 e 1846, Lopes Gama (1793-1852) publicou em Recife e na Corte a série de artigos satíricos intitulada "O Carapuceiro". O "nosso La Bruyère", como foi chamado no Rio no período que seus textos exerceram impacto, exercitou a crítica política e social munido do chicote do verbo sarcástico, para ele corretivo ideal dos costumes. Seus textos cumpriram a função no tempo e até hoje provocam gargalhadas.
por Luís Antônio Giron
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Palavras, Palavras, Palavras
>>> Os jornalistas vêm tentando há muito tempo competir com as imagens. Os mitos da notícia e da "objetividade" visam a dar uma impressão visual dos acontecimentos. As palavras, lembremo-nos, não apenas dominaram os objetos e a própria natureza do homem, mas, via associações, começaram a explicar nossa ambiência e a nós mesmos. O homem moderno não tem tempo para ler, logo, reduzam-se as excrescências na exposição de acontecimentos.
por Paulo Francis
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A droga da felicidade
>>> Sejamos francos: a televisão não foi feita para pessoas como eu e você. Digo isso sem o menor constrangimento e com a certeza absoluta de que a razão está do meu lado. Ouço uma voz me xingando de "reacionário". Deve ser alguém que, de algum modo, vive à custa daquilo que Sérgio Porto apelidou de "máquina de fazer doido". Ou seja, um xingamento interessado, corporativista. A televisão é o soma, a "droga da felicidade".
por Sérgio Augusto
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Cioran e a arte da provocação
>>> "Só tenho vontade de escrever num estado explosivo, na excitação ou na crispação, num estupor transformado em frenesi, num clima de ajuste de contas em que as invectivas substituem as bofetadas e os golpes. Escrevo para não passar ao ato, para evitar uma crise. A expressão é alívio, desforra indireta daquele que não consegue digerir uma vergonha e que se revolta em palavras contra os seus semelhantes e contra si mesmo."
por Pedro Maciel
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Francisco Alves, o esquecido rei da voz
>>> O Brasil não foi talhado para a tragédia por causa da amnésia pública. Francisco Alves poderia ter sido a versão praiana de Carlos Gardel, um herói trágico e controverso, cultuado como símbolo pátrio. Dele, restou a tessitura de barítono, entoando a marcha carnavalesca "Confete". Seu enterro, em 28 de setembro de 1952, carregou cerca de 500 mil pessoas em cortejo pelas ruas do Rio de Janeiro, a repetir o samba-canção "Adeus - Cinco Letras que Choram".
por Luís Antônio Giron
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Sérgio Buarque de Holanda: o homem cordial
>>> Andei lendo aqui e ali as homenagens ao Sérgio Buarque e nenhuma delas me acalentou. Demonstrações de vaidade, cada qual a querer mostrar mais sapiência que a outra. Sérgio Buarque era pesquisador sagaz, lúcido e humilde, daí sua grandeza. O que me lembro de Sérgio era do homem que me recebia à porta de sua casa da rua Buri e me levava ao seu esconderijo, sala cheia de livros... e, atrás da poltrona, a cachaça mineira ou o whisky.
por Alberto Beuttenmüller
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Julio Daio Borges
Editor
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