ENSAIOS
Segunda-feira,
13/10/2008
Ensaios
Ensaístas
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Meu amigo Paulo Francis
>>> Por que passamos tanto tempo falando de Paulo Francis, independente de termos desfrutado de sua companhia ou acompanhado sua trajetória com atenção? É a necrofilia de canivete suíço ― a memória dos mortos apropriada por sua múltipla utilidade. O Francis é um defunto conveniente, por mais de um motivo. A celebridade se tornou a perversa referência moral, existencial e política.
por Lúcia Guimarães
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Dos tipos de penetra
>>> São vários os tipos de penetra identificáveis. Há o penetra profissional, ou seja, aquele que tem por hábito e/ou esporte invadir as reuniões alheias. Há também o tipo cara-de-pau: ele vem com a roupa errada, fala alto e assim que chega já procura logo o dono da festa. Existe ainda um terceiro tipo, o penetra circunstancial, mais comum e menos nocivo. Esta categoria abrange todos aqueles que, por alguma conjuntura do destino, desempenham o papel de penetra em caráter extraordinário.
por Bruno Medina
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Machado e os contemporâneos
>>> Muitos escreveram sobre Machado de Assis no aniversário de cem anos de sua morte. São inumeráveis os ensaios críticos, as teses de mestrado e doutorado, os estudos de personagens. Essa polissemia demonstra a força e a atualidade da obra machadiana, seu poder de multiplicar-se em novos livros e também em filmes, especiais de televisão e revistas em quadrinhos. Machado está mais vivo do que nunca; virou unanimidade brasileira, um cânone internacional. Mas nem sempre foi assim.
por Ronaldo Correia de Brito
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Lembrando a Tribo
>>> A tribo intelectual se reúne. Não é todo dia, mas é quase toda noite. Encontros normais, sempre agradáveis, em que os presentes analisam os ausentes ― os ausentes, é claro, nunca têm razão. De vez em quando alguém da tribo promove um encontro maior ― o que a periferia chamaria de festa ― para reunir todos e mais alguém. Não há regras, mas há um padrão. Todos são, um pouco mais, um pouco menos, famosos.
por Millôr Fernandes
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Do tamanho dos textos
>>> Enquanto tento pôr um ponto final na narrativa mais longa que já escrevi, tem me vindo à cabeça a questão da extensão, da duração supostamente ideal dos textos literários. E se, por nosso tempo ser tão veloz, tão fragmentado, as narrativas longas se firmarem como sua forma literária de excelência? Não por se conformarem ao Zeitgeist, mas por irem bravamente no sentido oposto ― o da resistência à tirania da velocidade?
por Sérgio Rodrigues
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Situação da poesia hoje
>>> Participei dos caminhos e descaminhos da poesia brasileira nos últimos 50 anos denunciando sempre a "luta pelo poder literário" e buscando o diálogo. E acho que hoje as coisas estão muito confusas e têm que ser revistas. Não podemos botar a culpa só na "fragmentação", na "dispersão poética" típica da pós-modernidade e fingir que não é conosco.
por Affonso Romano de Sant'Anna
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Do maior e do melhor
>>> Os contos de Dalton Trevisan são, quase sempre, se não sempre, sobre um desencontro ― de um homem e uma mulher. Dezenas de livros, centenas de contos e um mundo só, cuja capital é uma cidade imaginária chamada Curitiba. Com a vantagem que, aos 83 anos (alô, alô, escritores-blogueiros), Trevisan é um escritor novo ― ou um novo escritor. Um autor surpreendentemente (se isso não for novidade e surpresa, não sei, não...) fiel a um gênero e a si mesmo.
por Flávio Moreira da Costa
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68 e a Música Nova
>>> O delírio da utopia de maio de 68 não respingou apenas nos corações e mentes dos europeus que fizeram a música de vanguarda naquela e nas décadas seguintes. A utopia foi "exportada", sobretudo a partir dos anos 70/80, para a América Latina, quando muitos compositores e músicos europeus participaram do Festival Música Nova, surgido em Santos, pelas mãos de Gilberto Mendes.
por João Marcos Coelho
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Marcuse e o Brasil
>>> Herbert Marcuse é um pensador tão instigante quanto complexo, tanto pelas suas idéias, quanto pelas apropriações que foram feitas delas a partir de um imaginário que tentou delinear para ele uma imagem de "pensador e militante revolucionário". No Brasil, a recepção de suas idéias se deu de forma tímida e incipiente a partir dos anos de 1960 sem que, naquele momento, se tivesse clareza da dimensão, amplitude e profundidade do seu pensamento.
por Jorge Coelho Soares
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Duas cartas
>>> Para você, eu sempre fui um idiota querido. O companheiro lamentável. Quantas vezes foi meu parceiro de baralho, você, a metade furiosa de uma dupla perdedora? Quantas vezes deixou de ganhar na sinuca graças à minha falta de coordenação motora, à minha pouca inclinação para a disputa? Mas pense na tua vida sem a minha. Você não consegue. Você não a vê, ela não existe. Porque a tua vida sempre foi a piedade que sentiu de mim.
por Luís Henrique Pellanda
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Julio Daio Borges
Editor
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