ENSAIOS
Segunda-feira,
20/9/2004
Ensaios
Ensaístas
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O CNJ e a Ancinav
>>> O Conselho Nacional de Jornalismo é uma idéia de matar Hitler, Stalin, Mussolini, Getúlio Vargas, Perón e outros tiranos de inveja. Em vez de censurar, em vez de prender, em vez de calar os críticos recalcitrantes dessa marcha para o socialismo pelas brechas da democracia, o governo do PT encontrou um meio suave (mas definitivo) de puni-los: cassar-lhes o registro profissional no Ministério do Trabalho e negar-lhes o direito de exercer a profissão.
por José Nêumanne
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Caderno de Letras
>>> Depois da bola de futebol, do time de botão e dos gibis, o objeto mais precioso da minha infância e adolescência era o caderno de letras. Letras de música. Ele era o nosso incunábulo musical, a nossa bíblia mnemônica. Nele registrávamos a nossa poesia básica, a nossa lírica do dia-a-dia: enfim os versos que nos davam mais prazer e tristeza e melhor nos evocavam momentos, lugares e pessoas.
por Sérgio Augusto
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Abstrações exatas de Paul Valéry
>>> Valéry descreve a arquitetura e a música como artes capazes de produzir espaços. A música constrói em nosso corpo um espírito de liberdade. Já o arquiteto cria um corpo no qual habitamos, vivemos dentro de labirintos projetados por outro alguém. "Logo é razoável pensar que as criações do homem se realizam em função de seu corpo..." Afinal, diz Sócrates, os deuses não devem permanecer sem teto, e as almas, sem espetáculos.
por Pedro Maciel
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Outsider: quem não se enquadra
>>> Hoje em dia, a rapaziada usa piercing, tatuagem, o mesmo corte de cabelo, gosta das mesmas músicas e das mesmas roupas, e emprega as mesmas expressões ("galera", "é dez", "é show", "baladinha"), para se sentir parte de alguma coisa, ser "compreendido" e "aceito", e para não virar motivo de chacota entre os demais. Há um processo de idiotização avançando a passos largos. É como uma busca pela padronização.
por Mário Bortolotto
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Release: subsídio ou substituto?
>>> O release, em si, não é nem bom nem mau. Deveria ser um simples instrumento de comunicação. Mas, de todas as ferramentas disponíveis é, sem dúvida, a mais perigosa. Atire a primeira pedra quem, a quinze minutos do fechamento, não viu uma “pauta recomendada” aterrissar sobre sua mesa, tendo como único subsídio o tal do press release - e dele não tomou emprestado o máximo possível para não dar vexame.
por Ana Maria Bahiana
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Memórias de Lorenzo da Ponte
>>> Lorenzo Da Ponte (1749-1838) se esmerou em cenas de disfarce, jogos de esconde-esconde, contraste e reviravoltas que animaram as óperas do fim do século XVIII. Três delas, de Mozart, figuram entre as grandes criações líricas de todos os tempos: As Bodas de Fígaro (1786), Don Giovanni (1787) e Così Fan Tutte (1790). A figura de Da Ponte ficou cimentada à glória de tais óperas, que formam uma espécie de trípode do espírito revolucionário cultivado em estufa nas cortes da Europa Central.
por Luís Antônio Giron
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Filmes de saiote
>>> Os saiotes estão de volta. Os saiotes gregos e macedônicos. As túnicas também. Assim como as togas, as clâmides e as armaduras. Na passarela cinematográfica, a moda retrô virou o dernier cri da temporada. Retrô pra valer. Nas telas, grandes e pequenas, uma volta aos tempos de Aquiles, Alexandre Magno, Espártaco e Lancelot. Nem sempre inspirados, porém, na Bíblia e muito menos fiéis a Homero, Heródoto, Tucídides e Xenofonte.
por Sérgio Augusto
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Instruções para descer ao inferno
>>> "Contos, fábulas e aforismos", de Kafka, prova que, talvez, o genial Borges, não esteja totalmente certo. Esta coletânea de textos breves revela a autoridade de um escritor singular, que domina a técnica de vários gêneros literários, de um escritor capaz de inventar o inferno nas horas mais inesperadas, nas horas de sombra e sofrimento, nas horas do vento sob o céu aberto, da terra fechada queimando anjos.
por Pedro Maciel
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Lembranças de Nova York
>>> Um dia Dylan Thomas estava encostado no balcão do bar e coincidiu de ficarmos lado a lado. Não me lembro do que foi que conversamos. Recordo-me dos seus olhos levemente esbugalhados, inteligentes, com a luz que só existe no olhar dos poetas que se despedem da vida. Conversas de bêbados não são para serem levadas a sério. Não lhe dei importância. É assim que os poetas mais jovens tratam os mais velhos.
por Rubem Fonseca
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O comunista que beijou Machado
>>> Astrojildo Pereira bateu à porta do casarão do Cosme Velho, identificou-se apenas como “um grande admirador do escritor” e implorou para que o deixassem entrar e ver o mestre de perto. Acordado pelo burburinho, Machado permitiu que Astrojildo entrasse em seu quarto, ajoelhasse ao lado da cama e lhe beijasse a mão, partindo logo depois sem se identificar. O escritor morreria na madrugada seguinte.
por Sérgio Augusto
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Julio Daio Borges
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