| 
|
|
|
Segunda-feira, 28/4/2008 O momento Rafinha de todos nós Michel Lent
Foram mais ou menos as palavras do Rafinha, vencedor do Big Brother Brasil 8. Ninguém contou pra ele que o leão vai morder 30% do milhão e que um apê "de rico" custa umas três vezes o que ele ganhou? Enfim. O fato é que o cara ganhou, sim, fama instantânea. O que ele vai fazer com isso são outros 500 mil... Mas o que vamos fazer com a nossa fama instantânea? Veja bem: Meu blog tem 2873 assinantes do RSS. No meu Twitter, 793 pessoas estão me seguindo. São quase 900 amigos no Orkut e mais uns 400 no Facebook e outros 500 no Linkedin. Enfim, é gente pra caramba. Hoje em dia virou normal chegar em um lugar, ser apresentado a alguém e a pessoa sorrir de um jeito diferente... "Eu já te conheço... acompanho o seu (blog, Twitter, Flickr, Facebook, Orkut, o que quiser)...". E a pessoa continua... "Aliás, ontem teu dia foi muito louco, hein?". Falando com a intimidade de um parente ou amigo próximo... Caceta. Que doido! Eu me senti famoso agora. Mas que bacana. Vai ver eu também "sigo" essa pessoa e nem sei? Ou muitas vezes eu sei, sim, e também posso dizer "finalmente a gente se conhece em pessoa!" ou mesmo "é, seu dia também foi louco"... O fato é que nossos "atos" digitais agora estão sendo acompanhados por pequenas multidões de seguidores e o que você diz ou fala, reverbera nos quatro cantos (ou cinco sites). Assim como o Rafinha, naquela jaula de hamster melhorada que os caras chamam de a "nave", ainda que em escala muito menor e quase sem nos darmos conta, todos nós hoje em dia estamos passando por pequenos momentos de fama instantânea... Mas pra que fazemos isso se ninguém está concorrendo a um milhão? Fazemos isso pelo simples e gostoso sabor da fama. Ou microfama, que é como os gringos estão chamando esse fenômeno dos dias de hoje. E estamos fazendo cada vez mais, na medida em novos blogs e twitters vão sendo criados... Deu pra sacar? De uma maneira ou de outra, todos temos um pouco de "Rafinha" dentro de nós. Portanto, na próxima edição do BBB, pode relaxar, perder o preconceito e espiar à vontade. Nota do Editor Texto gentilmente cedido pelo autor. Originalmente publicado na revista Pix. Michel Lent |
|
|
|