Entrevista com Diogo Mainardi | Digestivo Cultural

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ENTREVISTAS

Segunda-feira, 5/11/2007
Diogo Mainardi
Julio Daio Borges
+ de 28200 Acessos
+ 31 Comentário(s)

Diogo Mainardi, além de colunista da Veja desde 1999, já foi autor de romances: Malthus (1989), Arquipélago (1992), Polígono das Secas (1995) e Contra o Brasil (1998). Hoje divide seu tempo entre a principal revista semanal do Brasil, uma participação no programa Manhattan Connection (desde 2003) e um podcast ― também no site da Veja ― desde o ano passado.

Assumidamente sem assunto, Diogo Mainardi concedeu esta Entrevista, em meio a outros compromissos relacionados ao lançamento de seu segundo volume de crônicas,
Lula é minha anta (também pela editora Record; o primeiro foi A tapas e pontapés, lançado em 2004). (Fora os livros, escreveu, ainda, dois roteiros para cinema: 16-0-60 (1995) e Mater Dei (2000).)

Apesar de
best-seller do atual mercado editorial, Diogo Mainardi abandonou de vez a literatura, e hoje a considera "coisa para desocupados e parasitas". Não pensa que sua coluna tenha algo de especial em relação ao que fez antes, e reputa toda a sua notoriedade à Veja: "Se fosse um blog, ninguém me leria."

Não considera que tenha uma obsessão pelo presidente Lula: "Sinto desprezo intelectual e moral por ele. Só isso". Não pensa que tenha um estilo ou uma assinatura fora do comum; reputa seu sucesso, mais uma vez, ao formato: "Hoje em dia, todas as minhas idéias cabem em 3 mil toques".

Diogo Mainardi não assume nenhuma orientação política, mas registra: "Se quem me chama de 'nova direita' é o esquerdismo lulista, tudo bem: eu me enquadro". Afirma que não está à procura de "seguidores", nem de "prosélitos". E não vê nada de errado em, um belo dia, desistir de tudo: "Sobretudo num belo dia..." ― JDB


1. Em meados da década de 90, a gente lia você como escritor. Por recomendação do Paulo Francis. Tinha um amigo que me emprestou o Polígono das Secas (ainda na faculdade), depois contou de outro amigo dele, que se gabava de ter recebido um fax seu... Era o Fabio Danesi Rossi. Também lembro de um sujeito, em 1995, que nunca mais eu vi e que ia te ler, só de birra, porque você tinha dito no Jô Soares que era "O Pior Escritor do Mundo"... A literatura acabou mesmo pra você? Eu lembro que você me falou isso, como falou também do cinema, no início dos anos 2000, mas eu não acreditei muito. De certa forma, concordo que, até Contra o Brasil, a literatura parecia mais um caminho para você chegar onde chegou. Mas você deixou órfãos. Pelo menos entre aqueles amigos meus... Enfim: às vezes não dá um comichão literário em você? Ou isso de ser escritor de ficção, no Brasil, é mesmo uma grande piada? Somos, como falou o Vargas Llosa, sempre ultrapassados pela nossa realidade?

Literatura é para desocupados e parasitas. Por muito tempo, fui um desocupado e um parasita. Eu era mantido por meus familiares e por minha mulher. Quando precisei ganhar dinheiro para sustentar meus filhos, arrumei um emprego e larguei os livros. Pode parecer uma explicação prosaica demais, mas foi o que aconteceu. Abandonar a literatura não foi uma decisão literária. E não teve nenhuma conseqüência, exceto para mim. Não sou um Rimbaud. Quanto ao comichão literário, não sei o que é isso. Nunca escrevi porque tinha a necessidade de escrever: escrevia porque era o que me interessava fazer.

2. E o Diogo Mainardi crítico? Um dos primeiros Colunistas do Digestivo colecionava sua crítica literária na Veja. Recortando, quando ainda não havia internet acessível a todos. Eu disse outro dia ao Polzonoff que faltava alguém para meter o pau nos escritores da Geração 90 pra cá. Ele, infelizmente, se aposentou nessa área... Você não se habilita? Agora, falando sério: li alguma coisa sua, elogiosa, quando a editora Globo voltou com essa coleção do Evelyn Waugh. Mas nunca mais vi nada seu nesse sentido. Se alguém te chamasse para fazer, novamente, crítica literária, você faria? Ou o Brasil ― também o Lula ― se tornou um assunto simplesmente inescapável para você? O Daniel Piza diz que sente falta de uma indicação eventual sua, por exemplo, dos livros que está lendo... O crítico literário, de um modo geral, ainda tem uma função no nosso País? Ou, no seu ponto de vista, é uma figura inútil, pois não há como "ensinar" alguém a ler, muito menos a ler "melhor"?

Literatura é um prazer solitário. Esse tipo de coisa a gente só faz escondido, trancado no banheiro. Fazê-lo em público, na frente de milhões de leitores, é falta de educação.

3. Chegamos à sua coluna na Veja. (Não demorou muito, não é?) Por que você acha que ela funcionou mais do que todo o resto antes ― incluindo seus filmes? Seu grande objetivo era mesmo bater forte no Brasil e os outros formatos, antes da coluna, foram apenas balões-de-ensaio? A exemplo do Francis, todos cultivamos ambições intelectuais, mas será que vamos acabar nos convencendo de que o leitor médio brasileiro quer mesmo é "tapas e pontapés", como dizem você e o Ivan Lessa? Já ouvi de tudo a seu respeito. Desde admirações rasgadas dentro da minha família, até elogios à sua beleza física, passando por aqueles que te imitam, que, por sua causa, lêem a revista de trás pra frente, fora, claro, os que te odeiam, te processam, acham que você denigre a imagem da classe etc. No Brasil, continua valendo o oito ou oitenta, ou seja: ou o sujeito vive escrevendo na obscuridade (para ter uma consagração post-mortem) ou ele se transforma numa espécie de Carmen Miranda da mídia?

A coluna não funcionou melhor do que o resto: ela apenas trouxe mais notoriedade. E isso aconteceu simplesmente porque está na Veja. Se fosse um blog, ninguém me leria. Um colunista depende do veículo em que é publicado. Por sorte, não tenho apego à notoriedade, e acho que a maioria dos leitores percebe isso. Se eu usasse um chapéu de bananas para chamar a atenção, os leitores me rejeitariam. Última coisa: não escrevo para o "leitor médio", escrevo para o leitor.

4. Eu também não gosto do Lula mas você levou sua obsessão tão longe (com ele, com o PT e com os petistas) que podemos dizer que, como poucas pessoas "neste País", você tem praticamente intimidade com o Presidente. Ele citou você, quando falou "naquele colunista da Veja" (de que não se lembrava o nome)... Ele já deve saber quem você é. Deve ter levantando a sua ficha. Nunca te ligou? Você acha que um Carlos Lacerda, hoje, teria derrubado o Lula? Eu sei que é isso que você tenta fazer semanalmente, mas será que não é problema também do Brasil, afinal ninguém mais leva o Presidente tão a sério quanto levava antes. De certa forma é uma contradição, porque você diz que o Presidente, no seu conceito, é menos importante do que o zelador do seu prédio ― mas quem te lê, na Veja, sabe que você escreveu dezenas de colunas sobre o Lula mas quase nenhuma sobre o seu zelador... Eu, no fundo, admiro a sua obsessão, porque não teria estômago para acompanhar a agenda do Presidente. Pensa, realmente, que o Lula vale todo esse tempo que você dedica a ele?

Eu sinto desprezo intelectual e moral pelo Lula. Só isso. Não tenho um interesse patológico por ele: Lula ― o meu Lula ― é apenas um reflexo da nossa miséria mental, e é sobre ela que eu escrevo todas as semanas. Nossa literatura sempre foi dominada pelos bacharéis da política, por isso não temos uma grande tradição de deboche presidencial. Quantos textos cômicos os americanos fizeram sobre a corrupção da Era Nixon? De cabeça: Philip Roth, Kurt Vonnegut, Robert Coover ― quem mais?

5. A César o que é de César... Mesmo entre quem te critica ― seja pelas opiniões, seja pelo assunto ―, todo mundo basicamente concorda que você desenvolveu um estilo, dominou um formato, construiu um personagem (se você preferir), como poucos na imprensa hoje. Sei que você não é nada metafísico, mas, conscientemente, consegue analisar como chegou a essa síntese, a esse "traço", a essa assinatura? Porque, mesmo quando o tema não me interessa, por exemplo, vejo que está impecavelmente bem escrito, e que, no final, provoca um grande efeito... Você aprendeu isso com o Ivan Lessa? Não acredito. O Ivan, no Pasquim, era bom de esculhambação, é ainda um dos nossos maiores cronistas, mas nunca foi de estruturar artigos como você. O Francis? Pode ser; mas eu acho que, ultimamente, ele detonava seus adversários num parágrafo só, ou numa única linha. (Nos anos 70, talvez...) Além dos óbvios brasileiros (não esqueci do Millôr; viu, Millôr?), quem foram os seus mestres em polêmica, Diogo? Dá para contar como foi a sua "formação", digamos assim?

O poeta tem a métrica, o poeta tem a rima, o colunista só tem o número de toques. No meu caso, 3 mil. Hoje em dia, todas as minhas idéias cabem em 3 mil toques.

6. E o contraponto ao Diogo polêmico é o Diogo terno, que nasceu quando você falou, pela primeira vez, do problema do seu filho, em 2001. Fez um enorme sucesso. Penso que até entre aqueles que antipatizavam com você. Funcionou como uma espécie de arma secreta. De repente, o implacável Diogo Mainardi tinha um ponto fraco, não era invencível, era, também, frágil, e "humano como nós todos". O Nélson Rodrigues dizia que todo escritor se falsifica ao infinito. Você concorda que escrever, desde uma coluna até um livro, pode se converter numa fórmula ― com a qual é preciso romper de quando em quando? Às vezes, eu acho que o jornalismo está tão burocrático, no seu ritmo industrial, que os únicos jornalistas que empolgam as pessoas são os colunistas e os cronistas como você, o Jabor, o Verissimo... ― que são os únicos que podem extravasar de vez em quando (mesmo que, pela repetição, a fórmula volte a tomar conta etc.). Como você lida com o fato de, subitamente, se transformar num ídolo? A mesma exposição que comove o público, cobra seu preço na vida privada? Você se imaginava como um dos "heróis" da imprensa brasileira contemporânea?

Com o tempo, aprendi a prever a reação dos leitores e a identificar o que eles esperavam de mim. Mas não estou à procura de seguidores, de prosélitos, e eles sabem disso. Eu trato meus leitores com respeito, mesmo quando estamos em lados opostos.

7. E o Manhattan Connection? Eu me arrependi de ter metido o pau na sua estréia, pois, afinal, era uma estréia, e eu acho que você encontrou o seu lugar no programa... O Darcy Ribeiro ― prometo parar de citar os caras de que você não gosta ― dizia que os verdadeiros intelectuais são aqueles que conseguem se comunicar com o povo. A televisão é o único jeito de fazer isso no Brasil, porque o povo não lê, nem ouve a CBN. Eu sei que o Manhattan não é exatamente o caso, desde o nome até o fato de estar numa TV a cabo, mas você sente que a televisão te deu um novo alcance? Como experiência, te acrescenta, ou você sente que apenas desenvolve um pouco mais o mesmo personagem (dos textos)? O Francis sempre volta como assombração ― para nós que "mexemos com cultura" ―, mas será que ele não mostrou que estamos todos condenados ao multimídia, se quisermos sobreviver, porque o texto, sozinho, não paga a conta? (Você pensa também nessas coisas ou é tudo viagem minha?)

Você fez bem em meter o pau na minha estréia. Sou muito ruim na TV. Mas o Manhattan Connection é o melhor emprego do mundo, e fico feliz que o Lucas Mendes ainda não tenha percebido isso.

8. Eu tenho uma curiosidade especial pelo seu podcast... Achei engraçado; achei divertido mesmo quando você estava sem assunto e ficava enchendo lingüiça com o Reinaldo Azevedo. Achei, até, que, pelo fato de não ter de mostrar a cara, o podcast te dava mais liberdade para ser, mais fielmente, o Diogo desbocado da Veja. Como é fazer? Você grava pelo telefone ou vai até o estúdio? Grava da sua casa? Tem muita gente que vem direto da revista para ouvir o podcast? Costumam medir esse tipo de coisa ou para você não importa tanto? Se te chamassem para agitar aquele bate-papo chocho entre o Cony e o Xexéo, você iria (eu sei da sua opinião sobre o Cony, só estou te provocando)? E meter a boca no trombone, como diariamente faz o Arnaldo Jabor, você toparia? Eu usei esses exemplos de propósito porque quase todo mundo acaba se acomodando e virando, como você diz, "rebelde a favor" (e a CBN, uma grande Hora do Brasil)... Assim como nos blogs, nos podcasts brasileiros pode estar, de repente, a verdadeira "liberdade de expressão" (que não está mais no rádio)?

A verdadeira liberdade de expressão está na Veja. No podcast é moleza: o público é mais restrito e a atenção é menor. Respondendo às suas perguntas: gravo de casa, com um programinha chamado Audacity. Não tenho a menor idéia da audiência, mas sei que é uma experiência pioneira, por ser uma das poucas operações lucrativas da internet, graças aos patrocinadores, que compram espaço na rede e ao lado da minha coluna.

9. E os blogs (já que entramos neles...)? Não sei se você me disse, ou se eu li em algum lugar, que você é um internauta onívoro, que devora todo tipo de coisa, sites inconfessáveis... É verdade? Eu concordo que a internet já teve mais lixo (já foi mais difícil, antes do Google, encontrar coisa boa), mas você continua com essa mania, de escarafunchar nas URLs menos recomendáveis e mais inóspitas? Eu imaginei que você fosse seguir o exemplo do Reinaldo Azevedo e montar o seu próprio blog, mas logo concluí que você já tem outros compromissos assumidos, fora que é menos caudaloso do que ele, e tem bem menos paciência para discutir com os trolls... Faz sentido? Aliás, desde os blogs até o próprio Reinaldo, até a própria Veja, eu encontro você meio misturado com o que chamam agora de "nova direita" ― não te incomoda o rótulo (nem a associação)? Alguém escreveu, outro dia, que a discussão na blogosfera brasileira é pré-Queda do Muro de Berlim, com todos aqueles clichês de esquerda & direita, do tempo da Guerra Fria... Concorda com isso? Você tenta se manter "neutro" ou, no fundo, nem liga?

Em matéria de blog, prefiro ler o Reinaldo Azevedo, que faz um trabalho inovador e extraordinário. De fato, estou pouco me lixando para o que dizem a meu respeito. Se quem me chama de "nova direita" é o esquerdismo lulista, tudo bem: eu me enquadro. Não sou neutro ― sou autônomo.

10. Eu sei que, como o Woody Allen, você diz que não liga para a mínima a posteridade, nem para o "legado" que possa deixar (com exceção talvez daquilo que envolva seus filhos)... Mas eu não poderia desfazer a tradição, aqui no Digestivo, e te perguntar o que você diria a um jovem polemista ("young contrarian", como escreveu o Christopher Hitchens), que quisesse seguir os passos do Diogo Mainardi. Você, invariavelmente, conta que o Ivan Lessa te indicou alguma leituras... Quais leituras você indicaria? E quais autores? O seu sucesso está muito ligado à Veja, ao público dela e à situação atual do Brasil, ou você acha que existem traços distintivos, que permeiam todos os grandes polemistas? Se, sim, quais são eles? Tem como desenvolver uma "vocação" para a polêmica ou é algo nato, do talento mesmo, intransmissível? Na realidade, o que mais pesa, eu imagino é o fardo de remar sempre contra a maré... Diogo: então qual é o segredo de continuar sempre em frente e não desistir, um belo dia, de tudo?

Não há nada errado em desistir, sobretudo num belo dia. Se polemista é uma profissão, acho que só não dá para ser postiço. E não dá também para ser medroso. Se alguém quiser seguir meus passos, já começou mal. Escolha alguém melhor do que eu...

Para ir além
Podcast Diogo Mainardi


Julio Daio Borges
São Paulo, 5/11/2007

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01. Noga Sklar por Julio Daio Borges
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
1/12/2007
16h39min
Boa entrevista, porém o Diogo continua com a empáfia de sempre e uma inveja freudiana do poder. Sorry. É uma pena pois o Diogo poderia aproveitar melhor o potencial que Deus lhe deu. É um burguês enrustido em outra pele.
[Leia outros Comentários de Adauto]
1/12/2007
21h51min
Lembra muito o Pepe Escobar no auge, quando deu uma entrevista para uma revista brasileira, o cara se achava a única Coca-cola do deserto. É um imitador barato de Paulo Francis até em desprezar Lula. Paulo Francis disse várias vezes que detestava o Nordeste. Diogo é, em suma, bonitinho mas ordinário.
[Leia outros Comentários de Ailton Medeiros]
2/12/2007
11h10min
"Vanitas vanitatum et omnia vanitas". Se é para gastar latim, deixa eu gastar o meu: acho o Diogo vaidoso, pretensioso e preconceituoso. Mas isso é só a minha opinião...
[Leia outros Comentários de Carlos Santanna]
2/12/2007
12h12min
Pena que você perdeu seu tempo com o DM. As suas perguntas são bem mais interessantes que as respostas que ele deu. Parece que DM se limitou a responder superficialmente, sem se preocupar com o a amplitude de suas questões. Acho que perdi meu tempo também. Abraço. Dri
[Leia outros Comentários de adriana godoy]
2/12/2007
18h19min
Parabéns pela entrevista! Mas só para a entrevista. Já o entrevistado deixa a desejar... É nítida a oposição de qualidade entre as perguntas e as respostas. Perguntas inteligentes e bem preparadas e contraste com respostas medíocres e deselegantes. Quanto à literatura ser coisa de "desocupados e parasitas", eu fico só pensando em Machado de Assis, em Guimarães Rosa: seriam eles enquadrados nessa categoria? Ainda bem que Mainardi abandonou a literatura. Ufa!
[Leia outros Comentários de Lúcia do Vale]
3/12/2007
10h37min
Penso que nunca, porque lá fora ninguém se importa com ele...
[Leia outros Comentários de Marta Bortoli]
3/12/2007
11h06min
De novo. Não resisti. Acho que somos meio atraídos pelo que nos causa horror. Assim como um acidente em que olhamos para ver se há algum ferido, ou algum morto. É isso que essa pessoa me causa. Tenho horror à barata, mas quando me deparo com alguma, não consigo tirar os meus olhos daquele ser asqueroso. Acho que com o DM é a mesma coisa. Nesse processo patológico da qual sou vítima, ainda ontem assisti a um trecho do MC, olhei para ele e escutei algumas palavras. Preciso urgentemente me tratar.
[Leia outros Comentários de Adriana]
3/12/2007
15h25min
Concordo com a crítica de que várias respostas do entrevistado foram superficiais, limitadas ao deixar de responder várias delas e no limite da linha que separa o "preconceito no contexto" do "contexto sem preconceito". Mas o cara é muito inteligente e preparado. E eu acho que ele realmente tem uma obsessão pelo Lula. O futuro dirá.
[Leia outros Comentários de Rodolfo]
3/12/2007
18h00min
Ele tem razão: só tem notoriedade por que escreve na Veja, se escreve-se num blog estaria no ostracismo. Limitado a visitas ocasionais de desavisados que não tornariam a visitá-lo.
[Leia outros Comentários de Juca Almeida]
4/12/2007
07h31min
Julio, parabéns pelo inteligente monólogo. Diogo foi uma das grandes promessas seguidas de frustração da literatura brasileira: sim, eu me lembro dele na Istoé Senhor do início dos anos 90 (Istoé do Mino Carta que o atacou, posteriormente, da mesma maneira cruel que ele ataca as pessoas).
[Leia outros Comentários de Lúcio Jr]
5/12/2007
19h20min
Acho que todos os problemas dessa entrevista, e que a fizeram tão diferente das entrevistas feitas anteriormente, são de responsabilidade do Diogo e não do Julio, pois JDB mostrou-se bem informado, ético e instigante em todos os momentos (o que raro no jornalismo, onde até Jô Soares comete seus deslizes narcisistas).
[Leia outros Comentários de Lúcio Jr]
6/12/2007
17h12min
As perguntas foram boas? Lógico; foram excelentes! O Diogo é inteligente? Sim, é bastante; quem o conhece, sabe. Mas os comentadores aqui sequer perceberam a tamanha ironia com que o entrevistado respondeu às perguntas. É o que dizem: para bom entendedor, meia palavra basta.
[Leia outros Comentários de Leonardo]
6/12/2007
19h22min
Que romântico! Quem conhece a bem obra do grande Machado de Assis sabe o que é e como se faz uma boa ironia, isso sim. Não há ironia nas palavras do Mainardi: há deboche. Os aficcionados pela Veja mal conseguem identificar os “erros de português” (ou os “devios da Norma” para os mais atualizados em questões da língua). Quanto às críticas ao Lula, muitas são realmente necessárias, afinal vivemos numa democracia. Mas que seus críticos usem argumentos consistentes, baseados, no mínimo, em conhecimentos de história e de sócio-política. Os leitores agradecem.
[Leia outros Comentários de Lúcia do Vale]
9/12/2007
19h38min
Diogo Mainardi já falou mal de muita gente e eu quase sempre estou contra ele, porque estar contra ele é seguir a lógica dele: "seja o que for, sou contra". Só falta ele falar mal, agora, da revista Veja. Estamos esperando esse dia chegar.
[Leia outros Comentários de Wandecy Medeiros]
17/12/2007
01h38min
Eu sinto desprezo intelectual, moral, espiritual, físico, mental, jornalístico e literário pelo D.M.
[Leia outros Comentários de João Clésio Almeida]
20/12/2007
22h35min
Diogo respondeu as perguntas superficialmente, porque quis e pronto. Diferentemente de outras entrevistas do Digestivo, essa não rendeu longas respostas, cheias de links, mas representa justamente o que mais gosto em Diogo Mainardi, ele não está nem aí para nada. Ele fala o que quer porque lhe deram espaço numa revista e só. Gosto muito de Diogo, pois sei que a única coisa que ele realmente quis fazer em sua coluna da Veja foi derrubar o Lula, o resto é o resto, e ele vai levando sua vida, cuidando dos filhos e não gostando do Brasil. E o que importam os outros?
[Leia outros Comentários de Bia Cardoso]
25/12/2007
20h16min
Pessoalmente, não tenho simpatia nem pelo DM, nem por aqueles a quem ele critica. Acho que se fôssemos mais sérios, ele ou aqueles a quem ele adjetiva na sua coluna deveriam ser responsabilizados. Os maus governantes pelos atos que o cronista denuncia, se verdadeiros, ou o próprio cronista, DM, se as denúncias não coincidirem com a verdade dos fatos, pois não há porque se confundir liberdade de imprensa com liberdade para difamação.
[Leia outros Comentários de José Antonio]
28/12/2007
10h58min
A crítica como instrumento de se mostrar marginal da unanimidade é justificável e fácil; mas não mostra essencialmente a personalidade de quem a pratica. Quero algum dia abrir a Revista Veja e vê-lo - Diogo Mainardi - criticando-a. Aí, sim, mediante à constatação da sua imparcialidade, serei capaz de enviar uma cesta básica para complementar o seu seguro-desemprego. Criticar aos que não têm direito a defesa e resposta pode soar momentaneamente engraçado, mas não condiz com a ética. Sds. Antônio Pimenta de Andrade
[Leia outros Comentários de Antônio P. Andrade]
28/12/2007
16h13min
Não vejo a crítica de DM como algo avulso inserido na Veja. Seu texto é a ponta de lança da postura editorial da revista, que, neste últimos tempos, procura se identificar com uma linha de pensamento de oposição radical ao governo do PT. O jornalista serve à mídia que o criou, não consigo vê-lo como alguém com luz própria.
[Leia outros Comentários de Newton Carlos]
2/1/2008
18h04min
Quando a Veja era uma revista, talvez o DM fosse um colunista respeitável. Não... não. Se a Veja fosse uma revista (e, assim, respeitável), DM não seria colunista lá.
[Leia outros Comentários de Rômulo Mafra]
3/1/2008
15h52min
Ao contrário do que muitos disseram, as perguntas do Julio, além de algumas vezes perdidas na ânsia de dar sua própria opinião, eram um bocado auto-indulgentes... talvez seja isto a razão das respostas lacônicas e evasivas do DM. Está claro que a entrevista foi feita por e-mail (não consigo imaginar que este monólogo do entrevistador foi ao vivo). Mas numa coisa eu concordo com o Julio, no Brasil ou é oito ou oitenta e isso está bem claro nessa caixa de comentários.
[Leia outros Comentários de Wellington Almeida]
19/1/2008
20h19min
É a primeira entrevista que leio e que acabo sabendo mais do entrevistador do que do entrevistado. Parabéns pela entrevista!
[Leia outros Comentários de Eduardo]
27/1/2008
16h57min
O Mainardi ainda é novinho e ainda irá mudar o modo de pensar! Na idade dele é assim mesmo; muitos nessa idade passam de radicais, às vezes de esquerda, para revoltados e críticos de tudo e de todos. Ainda bem que ele é crítico de quem merece ser criticado... Agora, saibam que o Diogo já foi comunista, desses de passeatas e quebrar tudo pelas ruas, um radical de esquerda. Era bonitinho ser radicalzinho! Depois ele cresceu, escreveu alguns textos, uns bons e outros nem tanto, vendeu alguns livros, e arrumou um emprego na Veja. Assim, de garoto revoltado e metido a comunista, hoje é um rapaz em transição e se tornando crítico, como todos fomos. Daqui a pouco ele envelhece e passa a ter bom senso, como "quase" todos tivemos. É difícil ficar velho radical. Notem como somente alguns energúmenos são, na maioridade, fanáticos radicalizados. Mas eu gosto do Diogo assim, deixemos que ele execre os medíocres atuais. Quando ficar mais velho ele muda!
[Leia outros Comentários de I. Boris Vinha]
6/2/2008
15h01min
Diogo diz, faz e mexe com o que lhe incomoda, graceja a ponto de trazer o riso ou gargalho... Me horroriza Lula tanto quanto me horroriza deixar de mostrar a verdade... A literatura é, na realidade, uma chatice quando o autor se preocupa em agradar mais o leitor que a si mesmo... Primitivismo é não bolinar com a atualidade e usar ironia; grotesco é esconder sua cara. Grata, Calypso Escobar
[Leia outros Comentários de calypso escobar]
23/3/2008
22h15min
DM raciocina com clareza e incrível velocidade e ilustra a máxima latina: ridendo castigat mores. Lula desrespeita o QI do povo brasileiro, merece muitos DMs no seu pé. Pena que Lula, não sendo chegado em leitura, talvez não tire priveito...
[Leia outros Comentários de marthapannunzio]
31/3/2008
09h02min
Realmente, o entrevistador foi competente e elegante, ao contrário de DM, que me pareceu debochado e grosseiro, com a mesma obsessão de sempre: continuar sendo "a favor do contra".
[Leia outros Comentários de Sônia Marise ]
2/4/2008
14h52min
Realmente a entrevista foi boa, o Julio é bem informado, mas e dái? O tempo todo tive a impressão de que o entrevistador queria, de certa forma, provocar o entrevistado. Para entender o Diogo basta usar um pouco de inteligência e sensibilidade. Ele sabe muito bem que este país não tem memória e que não se deve esperar muito dos leitores fiéis de hoje. Como poucos ele tem senso crítico, é bem informado, tem humor e sabe rir de si mesmo. Uma das maiores armadilhas é o homem começar a se levar a sério demais, achar que é "o cara"... Nosso amigo sabe disso como ninguem. Sou leitora assídua, confesso, e muitas vezes leio a revista de trás para frente...
[Leia outros Comentários de Ethel Joyce Borges]
21/4/2008
10h39min
Diogo é um alquimista que desenvolveu a fórmula certa...
[Leia outros Comentários de Guto Maia]
22/4/2008
13h01min
O que será que Diogo Mainardi vê quando se olha no espelho?
[Leia outros Comentários de Marcelo Pereira]
29/4/2008
20h37min
Gosto muito do Diogo. Inteligente, corajoso, culto... Para mim, ele se constitui como um modelo a ser seguido pelos que desejam um país mais desenvolvido e menos ignorante. Parabéns, Diogo, pela entrevista. Siga em frente. Não desanime.
[Leia outros Comentários de Antonio Jose Moreira]
17/6/2008
02h54min
Elogiável a condução das perguntas, sempre tentando provocar uma possível reação de Diogo Mainardi (rei das respostas bombásticas), com larga exposição de nomes e idéias. Mas, ante o (aqui) lacônico colunista de Veja, nao se intimidou o entrevistador, e continuou a provocá-lo. O resultado é que as perguntas, se nao foram melhores do que as respostas, trouxeram no seu bojo, quem diria, muito do espírito mainardiano...
[Leia outros Comentários de Marcos Tavares ]
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