ESPECIAIS
Quarta-feira,
4/2/2004
SP 450
Colunistas
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Pra não dizer que não falei de São Paulo
>>> Parafraseando Fernanda Abreu, sou “garota carioca, swing e sangue bom”. Eis a minha angústia: como posso homenagear os 450 anos de São Paulo, então? Não digo isto por conta da famosa (e ridícula) “rivalidade” entre o Rio de Janeiro e a maior cidade da América Latina, mas, sim, porque não conheço e não respiro, cotidianamente, a realidade paulistana. No entanto, vou me arriscar.
por Aline Pereira
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São Paulo, PS
>>> São Paulo, para mim, foi as pernas de uma adolescente judia. Na noite de 5º C, na sala, enquanto conversávamos, a mocinha adivinhou que um de nós não possuía o mais elementar rumo, como, por exemplo, achar onde dormir numa noite paulistana. Sentada em almofada no chão, ela ergueu os joelhos para neles apoiar o queixo. A saia longa se abriu como as cortinas do Teatro Santa Isabel.
por Urariano Mota
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O problema de São Paulo é a falta de boteco
>>> O pior de São Paulo são as pessoas que criticam tudo e todos, reclamam de tudo, fazem de tudo para puxar o tapete de quem estiver na frente ou no mesmo barco, não fazem amigos, não olham na sua cara, não sabem ficar na sua, acham que todo mundo quer ouvir o que pensam sobre tudo quanto é tipo de assunto, gastam um tempo enorme com a opinião alheia e dificilmente abaixam a guarda.
por Alexandre Petillo
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Exclusivo: Entrevista com São Paulo
>>> "Eu não culpo ninguém. Mas não gosto que me culpem. Eu sou assim. As pessoas... Elas vêm para cá cheias de sonhos. Eu não... não é da minha natureza fechar as portas. As pessoas podem vir, eu as recebo. O que eu queria é um pouco de reconhecimento, entende? Que as pessoas entendessem que elas são bem-vindas aqui. Que eu posso ser feia, suja, imensa... Mas eu nunca, nunca vou me recusar a dar uma chance a elas."
por Arcano9
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São Paulo, aos 450, resiste...
>>> Até bem pouco tempo atrás, os 450 anos me empolgavam muito. Hoje, não mais. Como quase tudo na cidade, esta comemoração ganhou um tom de obra superfaturada. Não dá para saber o que celebram, posto que o evento ganhou um fim em si mesmo. O que dá alento é que depois disso tudo a cidade vai, como sempre, resistir. No dia seguinte, a metrópole levantará para mais um dia de trabalho.
por Fabio Silvestre Cardoso
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Impressões sobre São Paulo
>>> Fui conhecer São Paulo com cerca de dez anos de idade, e, mesmo assim, me sinto paulistana. Se eu fosse comentar todas as minhas impressões sobre a cidade, certamente elas não teriam fim. Por esse motivo, faço apenas uma pequena homenagem, deixando os endereços de alguns sites que informam curiosidades sobre os 450 anos do lugar que eu escolhi para morar e construir o meu futuro.
por Nanda Rovere
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Um monstro que ri
>>> São Paulo é mesmo um gigante deformado. Mas, eu diria, um gigante simpático. Desengonçado e antipático, às vezes, mas com bom coração. São Paulo não nasceu assim: aprendeu, com o tempo e as más companhias, seus modos grosseiros. Que, mesmo que reprováveis, não me parecem naturais. É que a cidade suporta, há décadas, uma rotina dura e pesada, que consumiu sua delicadeza original. E endureceu sua superfície.
por Eduardo Carvalho
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Memórias sentimentais de um jovem paulistano
>>> Viajamos sem sair da cidade. Ela reclama porque na fila do Unibanco chove. “Tem de querer muito...” – vira slogan. No nosso restaurante, o garçom diz que viu aquele guitarrista famoso e ruivo. No concerto, quando está vazio, trocamos de lugar. Ela corre; eu ando. Queremos morar perto da praça. E viajar nos fins de semana. A banca no domingo; a pizza também. Estudamos na USP. Ela quer mudar de São Paulo; eu quero ficar.
por Julio Daio Borges
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As veias iluminadas da baleia cinza
>>> Ouvia meu tio dizer que São Paulo era imensa, comia as pessoas, como a baleia que engoliu Gepeto. Imaginei, durante anos, uma cidade de pó e vidro, cheia de pessoas de cores diversas, desalinhadas, misturadas, com os sorrisos perdidos nos bancos de trás dos ônibus de carreira. Na primeira vez que fui a São Paulo, me encantei com a suspensão do Masp, mas algo me decepcionou na cor do céu e na largura da Paulista.
por Ana Elisa Ribeiro
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Para amar São Paulo
>>> Fácil pichar São Paulo, cidade difícil de habitar. Só me dei conta do quanto São Paulo é difícil quando fui morar noutra cidade. Passaram-se 4,5 anos, e São Paulo agora faz 450. E eu, chamada à pena, esperando brotar do teclado um manifesto contra a cidade da desigualdade, peguei-me surpresa em devaneios, desviada do manifesto por me dar conta de que sentia saudades – sim, saudades de São Paulo.
por Daniela Sandler
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Maior que São Paulo, só o Masp
>>> O Masp é o maior monumento de São Paulo porque guarda em seu acervo uma riqueza incontestável de tesouros artísticos produzidos pela sensibilidade dos maiores artistas da humanidade. É impossível ficar indiferente à existência de um museu como o Masp. E a grandeza de São Paulo se mede, para além da alta concentração de capital e de tipos humanos, pela existência deste museu.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Paulista por opção (e por paixão)
>>> Quem chega a São Paulo pela primeira vez deve levar um susto. Visualmente, considero a cidade um misto de "Blade Runner", "Quinto Elemento" e Gotham City. Sinistra e encantadora ao mesmo tempo. A arquitetura de concreto, a ausência de planejamento urbano, o crescimento desordenado, a quantidade de veículos... Pode parecer estranho, mas me sinto confortável no meio desse caos.
por Bruno Girão Borgneth
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Julio Daio Borges
Editor
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