ESPECIAIS
Terça-feira,
9/7/2013
Protestos
Colunistas
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Notas Obsoletas sobre os Protestos
>>> Na noite de 13 de junho, tive a impressão clara do que é viver sob uma ditadura, a exatidão de um símbolo: a Avenida Paulista varrida pela fileira compacta da Tropa de Choque, seus coturnos marcando de uma ponta a outra da via, veículos negros logo atrás em escolta. Do outro lado das telas, os coadjuvantes também éramos acuados, porém de um modo mais íntimo; como resistir? Na tarde de 28 de junho, fui informado: à disposição das nossas forças de segurança está o mesmo sistema "Inferno", canhão sônico que desorienta, causa tontura, náuseas e dores no peito, pode levar à desmaios e vômitos. O Google me devolveu este clichê de Orwell à memória: "Se você quer uma fotografia do futuro, imagine uma bota pisando num rosto humano - para sempre".
por Duanne Ribeiro
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A rede contra as raposas analógicas
>>> Provavelmente os protestos não teriam se espalhado nem ido muito além das reivindicações por um transporte público que não trouxesse aos usuários pensamentos sobre vagões de gado e navios negreiros. Mas a polícia, na manifestação seguinte, cometeu um erro politicamente imperdoável: forneceu vítimas identificáveis à indignação popular. Até então, boa parte da opinião pública estava acomodada. Fotos, vídeos, relatos e comentários sobre a violência injustificável chegaram às redes sociais, em tempo real. As velhas raposas analógicas da política, incapazes de compreender a internet, demoraram a reagir e ainda não o fizeram de forma adequada nem a seus interesses nem aos do povo.
por Carla Ceres
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Game of Thrones, Brasil e Ativismo Social
>>> Choca quando vemos nossos heróis em Game of Thrones sendo trucidados sem mais nem menos. Choca quando vemos a truculência e o desrespeito da força coercitiva do estado ceifando a liberdade e até mesmo violentando civis como nas revoltas aqui no Brasil. E choca quando civis perdem o controle e viram arruaceiros ensandecidos que saem pelas ruas destruindo coisas, a exemplo das minorias que minaram as grandes manifestações da "primavera brasileira". Choques devem incitar sua superação.
por Guilherme Mendes Pereira
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A Onda de Protestos e o Erro de Jabor
>>> O bom senso recomenda considerar que qualquer processo social em ebulição é marcado pelo entusiasmo, por contradições, extremismos, ou excessos, e que só o tempo demarca papéis, posições e o lugar de mocinhos e vilões na história. Assim, deve-se notar como o movimento da história escapa a avaliações ou prognósticos movidos por paixões. Jabor, ao dizer e desdizer conforme as conveniências, se comporta como se estivesse na frente de crianças que tapam os olhos e, assim, imaginam ficar invisíveis.
por Humberto Pereira da Silva
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Para entender os protestos e o momento histórico
>>> Política não é o meu forte (quem me lê, sabe). Mas ajudei a escrever algumas páginas da internet brasileira e, pela minha experiência e vivência, identifico uma grande "dissonância" entre a "visão de mundo" de nossos governantes e a dos jovens que estão liderando as manifestações. Logo, me disponho a expor alguns conceitos, que são "chave", na época em que vivemos, e que não foram devidamente assimilados por aqueles que nos governam.
por Julio Daio Borges
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occupytheoffice
>>> Depois do sexto chopp, em frente ao bar que a equipe escolheu para seu happy hour, passam os manifestantes saindo do protesto. Carregando cartazes e com uma satisfação de dever cumprido, os manifestantes gritam palavras de ordem alegremente. A equipe levanta seus copos em homenagem aos irmãos de protesto para comemorar a vitória conjunta sobre as forças da opressão e da corrupção. - É pelos direitos - Roberto gritou fervorosamente. Todos riem.
por Lisandro Gaertner
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Tarifa de ônibus: estamos prontos p/ pagar menos?
>>> Se queremos um serviço nível europeu, estamos preparados para agir como cidadãos europeus? Vamos comprar a passagem ou validar o bilhete mesmo se o ônibus não tiver cobrador? Vamos resistir à tentação de "tirar vantagem" e andar de ônibus sem pagar, já que não haverá ninguém nos controlando? E se os cobradores forem "abolidos", os sindicatos não vão se revoltar? Coisas pra fazer a gente pensar, para que possamos embasar muito bem nossos argumentos e protestar com coerência.
por Adriana Baggio
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O retrato da Cidade
>>> Escuto as falas desse conto e cada uma quer para si a razão e a lógica neste jogo de milhões de lados, em que os santos nunca existiram e os interesses querem ser preservados, mesmo que ocultamente, mas que um só se levanta valoroso: o direito de se manifestar. Se pacificamente não for, os manifestantes podem acabar sendo joguete nas mãos dos grandes. Ou, quem sabe a medalha se inverta de lado, tamanha sua força física. No entanto, não temos garantias de que queremos Isso, queremos este outro lado, pois a medalha é a mesma.
por Elisa Andrade Buzzo
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As manifestações sobre o transporte público em SP
>>> Historicamente, manifestações populares com obstrução de serviços contribuem para a consecução dos objetivos de uma classe; categorias com sindicatos bem organizados se valem e se valeram de greves para obter reajustes salariais acima da média. Os incomodados podem chiar, ficar emburrados, praguejar, mas o negócio funciona. E tende a funcionar justamente porque incomoda. Se uma manifestação traz reivindicações descabidas ou com metas lunáticas, a pressão popular para que cesse a obstrução de serviços faz o movimento esvaziar-se naturalmente; caso os pontos sejam justos, os protestos ganham adesões para além do grupo que os organizou. Parece ser este o caso em São Paulo.
por André Simões
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A polícia militar e o atentado à democracia
>>> Existem alguns preceitos básicos que diferenciam uma ditadura de uma democracia. Entre eles, o direito à manifestação, a liberdade de imprensa e a garantia de que ninguém será preso sem que tenha cometido um crime previsto no Código Penal. Todos esses aspectos fundamentais foram enterrados dia 13 de junho pela polícia paulista na sua repressão às manifestações contra o aumento da passagem de ônibus. Os policiais teoricamente deveriam estar ali para evitar violência ou depredação de patrimônio público. Mas o que se viu foi o contrário.
por Gian Danton
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Julio Daio Borges
Editor
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